Agentes da Polícia Federal durante a sétima fase da Operação Lava Jato, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
Valéria Bretas
Publicado em 13 de agosto de 2015 às 11h56.
São Paulo – Na manhã desta quinta-feira a Polícia Federal deflagrou a 18º da fase da Operação Lava Jato.
Batizada de Pixuleco 2, nome em alusão ao termo para nominar propina recebida em contratos investigados, a operação mobilizou 70 policiais federais para cumprir 11 mandatos judiciais – 10 de busca e apreensão e uma prisão temporária
Brasília, Porto Alegre, Curitiba e São Paulo foram alvo da ação de hoje.
Desta vez, o alvo foi Alexandre Romano, advogado e ex-vereador do PT na cidade de Americana, no interior de São Paulo.
Ele foi detido temporariamente pela suspeita de ser um novo operador de propina no esquema de corrupção. A nova fase pode confirmar lavagem de dinheiro envolvendo contratos do Ministério do Planejamento.
Segundo as investigações, o grupo Consist atuou em parceria com o Ministério no esquema. Os executivos da empresa também estão sendo investigados, de acordo com a PF.
Na prática, o papel do ex-vereador no esquema era de indicar empresas que receberiam os pagamentos. Agências de publicidade, consultorias e escritórios de advocacia estão sendo investigadas.
"O esquema de corrupção é grande e sistemático e deve ser combatido vorazmente", diz o procurador da República, Roberson Pozzobon.
Segundo a PF, os repasses ocorreram de meados de 2010 até julho de 2015 por meio de empresas de fachada com valores acima de 50 milhões de reais.
Na semana passada, a 17ª fase da operação prendeu o ex-ministro petista José Dirceu.
Veja agora mais detalhes da 18º fase da operação na coletiva de imprensa ao vivo.