A rede invisível (Dado Galdieri/Bloomberg)
Agência de notícias
Publicado em 21 de dezembro de 2024 às 09h24.
A Enel, empresa distribuidora de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo, afirma que cerca de 320 mil imóveis ainda estavam sem abastecimento na cidade, doze horas após o temporal que ocorreu no fim da tarde de sexta-feira.
O vento forte e as chuvas provocaram a queda de eletricidade para mais de 660 mil clientes, e a empresa afirma que nesta manhã tinha conseguido restabelecer as ligações em cerca de metade delas.
Durante a tempestade, todas as áreas da capital paulista foram colocadas estado de atenção, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura.
A Enel afirma que as Zonas Oeste, Leste e Norte foram as mais afetadas na capital, principalmente em razão do vento, que chegou a mais de 80 km/h em alguns pontos.
A empresa, que sofreu punições da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por demora no reestabelecimento de energia nos apagões de novembro de 2023 e outubro de 2024, afirma que estava preparada desta vez.
Em comunicado, a companhia informou que "reforçou antecipadamente as equipes em campo, nos canais de atendimento e no centro de controle, e está trabalhando de forma ininterrupta para normalizar o fornecimento de energia para todos".
Os 320 mil clientes que ainda estavam sem energia na manhã deste sábado representam 3,8% da base da distribuidora, que atende 24 municípios da Grande São Paulo.
O principal motivo das interrupções de luz foram quedas de árvores na fiação. O Corpo de Bombeiros relatou ter recebido 111 chamados atender esse tipo de ocorrido, todas sem vítimas, na capital paulista e em municípios vizinhos durante a duração da tempestade.
A cidade também enfrentou inundações ontem. Segundo o CGE, havia às 18h20 um total de 11 pontos de alagamento intransitáveis na cidade, quase todos na Zona Leste. Por ali, a água invadiu o terminal de ônibus do Itaquera. Já na Zona Norte, os ventos chegaram a 83,2 km/h na Estação Meteorológica de Santana.