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Mais de 200 escolas do Paraná serão transformadas em cívico-militares

Maior programa de gestão compartilhada entre civis e militares do país vai impactar 129 mil alunos de 117 cidades do estado

Modelo foi inspirado no Colégio da Polícia Militar do Paraná. (Governo do Paraná/Divulgação)

Modelo foi inspirado no Colégio da Polícia Militar do Paraná. (Governo do Paraná/Divulgação)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 26 de outubro de 2020 às 18h12.

Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 19h34.

O governo do Paraná anunciou nesta segunda-feira, 26, que vai transformar 215 colégios estaduais em cívico-militares a partir de 2021. As unidades ficam em 117 cidades do estado. É o maior programa do país de gestão compartilhada entre civis e militares, com 129.000 alunos. O cenário político e econômico está em constante mudança no Brasil. Venha aprender o que realmente importa na EXAME Research.

Há cerca de um mês a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou uma legislação, de autoria do governo do estado, para a criação das unidades cívico-militares. A regulamentação ficou sob responsabilidade do Executivo estadual. A gestão será feita de forma conjunta entre a Secretaria da Educação e do Esporte e a Secretaria da Segurança Pública. O custo total da adaptação será de 80 milhões de reais.

De acordo com o governo do estado, a implementação vai abranger escolas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e no ensino médio. Os professores da rede estadual vão continuar ministrando as aulas, e os militares vão ser responsáveis pela parte de infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares.

Na composição da administração de cada escola haverá um diretor-geral, um diretor auxiliar civil, um diretor cívico-militar e de dois a quatro monitores militares, dependendo do tamanho da escola. Haverá ainda o aumento da carga horária curricular, com aulas extras de português, matemática e valores éticos e constitucionais.

A escolha dessas unidades seguiu alguns critérios, como alto índice de vulnerabilidade social, baixos índices de fluxo e rendimento escolar e que não ofertam ensino noturno.

Para que a escola se torne cívico-militar, é necessário que haja a adesão da comunidade escolar. A mudança precisa ser aprovada por meio de votação por maioria simples da comunidade, composta de professores, funcionários e pais de alunos matriculados na instituição.

“Teremos aulas adicionais de português, matemática e civismo, para estudar leis, Constituição Federal, papel dos três Poderes, ética, respeito e cidadania. Os alunos vão estudar mais. E no ensino médio a principal mudança é a implementação da educação financeira”, afirmou o secretário estadual de Educação e do Esporte, Renato Feder, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira.

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