PM: oficiais convocados não passaram pelos batalhões para evitar os bloqueios (Tânia Rego/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 06h37.
A Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo (SSP-ES) informou há pouco que 1.236 policiais militares atenderam ao chamado do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, neste domingo (12), e voltaram a patrulhar as ruas do estado. A corporação conta com dez mil homens, mas, em dias normais, o policiamento é feito por dois mil PMs.
"Trabalhando em dois turnos de 8 horas, além do efetivo empregado a pé, o policiamento ostensivo contou com 59 viaturas utilizadas durante todo o dia", diz a nota da secretaria.
Policiais de diferentes unidades, incluindo cavalaria e polícia ambiental, apresentaram-se diretamente nos locais determinados pela corporação sem passar pelos quartéis para evitar o bloqueio feito na entrada dos batalhões pelo movimento de mulheres acampadas nos locais há nove dias, em protesto por melhorias salariais.
A maior parte dos policiais que estão retornando são oficiais e praças que estavam de férias ou de folga e que estão sendo convocados.
A PM, com o apoio do Exército, retirou esta tarde de helicóptero agentes lotados no Batalhão de Missões Especiais, a elite da corporação no Espírito Santo, para fazer o policiamento ostensivo nas ruas da região metropolitana da capital capixaba já que a entrada do quartel está bloqueada pelas mulheres.
Ontem, 70 policiais foram retirados de helicóptero do Quartel do Comando-Geral da corporação em Maruípe, na região central de Vitória. Segundo a SSP-ES, esses PMs queriam voltar ao trabalho e estavam impedidos de sair pelo movimento das mulheres.
O Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo informou que foram registrados 144 homicídios no estado desde o sábado, 4 de fevereiro, até as 17h de hoje.
O maior número de mortes violentas foi contabilizado na segunda-feira (6), com 40 homicídios. Hoje, houve quatro homicídios. A SSP-ES ainda não divulgou um balanço das ocorrências desde o início da paralisação.