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Maior sistema de água de São Paulo pode secar em 45 dias

O Sistema Cantareira, que abastece 10 milhões de pessoas na região, está com menos de um quarto de sua capacidade

Torneira: se a capacidade ficar abaixo de 20%, a maior empresa de fornecimento de água do Brasil, a Sabesp enfrentará dificuldades para transferir água entre os reservatórios (Stock.Xchange)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 19h06.

São Paulo - O sistema que fornece metade da água potável consumida pela maior cidade da América do Sul, São Paulo , secará em 45 dias se não chover, em meio à maior seca da história.

O Sistema Cantareira, que abastece 10 milhões de pessoas na região, está com menos de um quarto de sua capacidade, disse Francisco Lahoz, secretário-executivo da associação de água Consórcio PCJ, ontem, em entrevista pelo telefone.

Se a capacidade ficar abaixo de 20 por cento, a maior empresa de fornecimento de água do Brasil, a Cia. de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, ou Sabesp, enfrentará dificuldades para transferir água entre os reservatórios.

A seca está afetando as operações nas empresas. A produtora de cerveja Ambev interrompeu as operações em uma fábrica e a produtora de papel Rigesa Celulose Papel e Embalagens levou parte da produção para outros lugares porque não há suficiente água de rio para suprir suas unidades, disse Lahoz.

A Ambev, no entanto, negou que houvesse interrupção da operação devido à estiagem, segundo porta-voz da companhia, Alexandre Loures.

As duas fábricas operam no interior do estado de São Paulo, na região de Campinas, onde a seca está causando um impacto maior sobre a indústria do que na cidade de São Paulo.

A maioria das empresas da região de Campinas “está em estado de alerta”, disse ele.


Empresas como a Petrobras, que possui fábricas petroquímicas na cidade de Paulínia, no interior, e requer grandes volumes de água, enfrentam “dificuldades extremas”, disse ele.

A região de Campinas, que obtém 60 por cento de sua água do Sistema Cantareira, está recebendo 3 metros cúbicos de fluxo por segundo. O volume não é suficiente para atender a demanda da indústria, disse ontem Alexandre Vilela, gerente técnico do Consórcio PCJ, em entrevista pelo telefone.

As fábricas da região necessitam usar sete vezes mais cloro para purificar a água de rios com níveis baixos, o que eleva os custos.

Campinas tem o terceiro maior parque industrial do Brasil e é responsável por 7 por cento do crescimento econômico do país, disse ele.

Petrobras, Sabesp e Rigesa não responderam imediatamente a telefonemas e e-mails com pedidos de comentários.

Matéria atualizada às 20h06 de 11/02/2014, para adicionar negação da Ambev sobre a interrupção das operações por conta da estiagem.

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São Paulo - O sistema que fornece metade da água potável consumida pela maior cidade da América do Sul, São Paulo , secará em 45 dias se não chover, em meio à maior seca da história.

O Sistema Cantareira, que abastece 10 milhões de pessoas na região, está com menos de um quarto de sua capacidade, disse Francisco Lahoz, secretário-executivo da associação de água Consórcio PCJ, ontem, em entrevista pelo telefone.

Se a capacidade ficar abaixo de 20 por cento, a maior empresa de fornecimento de água do Brasil, a Cia. de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, ou Sabesp, enfrentará dificuldades para transferir água entre os reservatórios.

A seca está afetando as operações nas empresas. A produtora de cerveja Ambev interrompeu as operações em uma fábrica e a produtora de papel Rigesa Celulose Papel e Embalagens levou parte da produção para outros lugares porque não há suficiente água de rio para suprir suas unidades, disse Lahoz.

A Ambev, no entanto, negou que houvesse interrupção da operação devido à estiagem, segundo porta-voz da companhia, Alexandre Loures.

As duas fábricas operam no interior do estado de São Paulo, na região de Campinas, onde a seca está causando um impacto maior sobre a indústria do que na cidade de São Paulo.

A maioria das empresas da região de Campinas “está em estado de alerta”, disse ele.


Empresas como a Petrobras, que possui fábricas petroquímicas na cidade de Paulínia, no interior, e requer grandes volumes de água, enfrentam “dificuldades extremas”, disse ele.

A região de Campinas, que obtém 60 por cento de sua água do Sistema Cantareira, está recebendo 3 metros cúbicos de fluxo por segundo. O volume não é suficiente para atender a demanda da indústria, disse ontem Alexandre Vilela, gerente técnico do Consórcio PCJ, em entrevista pelo telefone.

As fábricas da região necessitam usar sete vezes mais cloro para purificar a água de rios com níveis baixos, o que eleva os custos.

Campinas tem o terceiro maior parque industrial do Brasil e é responsável por 7 por cento do crescimento econômico do país, disse ele.

Petrobras, Sabesp e Rigesa não responderam imediatamente a telefonemas e e-mails com pedidos de comentários.

Matéria atualizada às 20h06 de 11/02/2014, para adicionar negação da Ambev sobre a interrupção das operações por conta da estiagem.

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