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Maior saldo comercial dos EUA agora vem do Brasil

Dados mostram um saldo de US$ 1,3 bilhão nas trocas com o Brasil em agosto

Brasil é um dos poucos países com os quais os EUA conseguem melhorar seus resultados comerciais (.)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h01.

São Paulo - Com exceção de Hong Kong, que é um ponto de distribuição de mercadorias para toda a Ásia, o Brasil é hoje o parceiro que garante o maior superávit comercial dos Estados Unidos. O posto é disputado com a Austrália, mas nos últimos dois meses o País conquistou a liderança.

Dados divulgados ontem pelo Departamento de Comércio dos EUA mostram um saldo de US$ 1,3 bilhão nas trocas com o Brasil em agosto, acima do US$ 1,02 bilhão com a Austrália. No acumulado do ano, o superávit dos americanos com os brasileiros chega a US$ 7,2 bilhões - mais que o dobro dos US$ 3,4 bilhões de janeiro a agosto de 2009.

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Por conta de frete e impostos, as estatísticas são diferentes das que são divulgadas pelo governo brasileiro. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do ministério do Desenvolvimento, o déficit do Brasil com os EUA ficou em US$ 5 74 bilhões de janeiro a setembro.

O Brasil é um dos poucos países, portanto, com os quais os EUA conseguem melhorar seus resultados comerciais e repassar uma parcela do ajuste que sua economia precisa para sair da crise. As exportações americanas para o Brasil cresceram 41% de janeiro a agosto, enquanto as importações avançaram 23%.

"Se um país quer superávit, o melhor alvo hoje é o mercado brasileiro", diz Fernando Montero, da Corretora Convenção. Segundo o economista, o País reúne as condições para importar mais: é um dos poucos que cresce e sua moeda se valorizou.

Desde o início do ano, o real brasileiro e o dólar australiano subiram respectivamente, 5,08% e 10,7% em relação ao dólar americano. Depois de anos de superávits, o Brasil voltou a ter déficit com os EUA em 2009. Além da crise, fatores estruturais influenciaram o resultado. O Brasil se destaca como exportador de commodities e os EUA não são clientes, mas concorrentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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