RODRIGO MAIA: deputado afirma que sua reeleição para presidente da Câmara não é ilegal / Agência Brasil (Agência Brasil/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2017 às 05h23.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h37.
Massacre de Manaus
Pelo menos 60 detentos foram mortos numa guerra entre facções no maior presídio do Amazonas, que terminou com dezenas de presos decapitados. É a maior matança em unidades prisionais desde que a polícia invadiu o complexo do Carandiru, há 24 anos, em São Paulo, deixando 111 mortos. Em Manaus, o motim no Complexo Penitenciário Anísio Jobim começou na tarde de domingo e terminou na segunda-feira após 17 horas de duração. A rebelião foi motivada por uma briga entre duas facções, a Família do Norte e o PCC. O complexo Anísio Jobim tem 1.224 detentos, o triplo da capacidade de 454 vagas. Em outubro, o Conselho Nacional de Justiça classificou as condições do presídio como péssimas. O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, se reuniu com o governador do Amazonas, José Melo, na noite de segunda-feira. Moraes anunciou que os responsáveis pelo massacre serão transferidos para presídios federais assim que identificados.
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Maia: a palavra final é da Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a eleição da Casa é um assunto interno e que não deve ser decidido pelo Supremo Tribunal Federal. “A gente sempre reclama que o Supremo decide pela Câmara e, na hora que a gente tem o poder de decidir no voto, muitos não querem, querem que o Supremo decida. Olha que incoerência”, afirmou. Corre no Supremo duas ações contra a candidatura de Maia, que seria inconstitucional por se tratar de reeleição dentro da mesma legislatura. Maia, no entanto, afirma que a lei não se aplica para mandatos-tampão como o dele.
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Gleisi sem sigilo
O Supremo Tribunal Federal determinou, num dos últimos atos de 2016, a quebra do sigilo telefônico da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Ela é investigada por ter, supostamente, recebido dinheiro da Odebrecht. A senadora seria a “coxa” da lista de pagamentos de propina que a construtora mantinha em seu Departamento de Operações Estruturadas. Teriam sido repassados, em dinheiro vivo, 500.000 reais para a campanha de Gleisi em 2014 ao Senado. A quebra de sigilo telefônico, autorizada por Teori, também se estende a Fernando Migliaccio, um dos 77 delatores da Odebrecht, além de outras duas pessoas que trabalharam na campanha de Gleisi.
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Pimentel busca filho de helicóptero
Em meio à crise que Minas Gerias vive, parcelando salários de funcionários públicos, o governador Fernando Pimentel (PT) usou o helicóptero oficial para buscar seu filho em uma festa de réveillon que acontecia em Escarpas do Lago, no sul do estado. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Pimentel aparece cumprimentando amigos do filho e entrando no helicóptero com o rapaz. O custo do voo é estimado em 5.000 reais. Por meio de uma nota, o governador se defendeu, dizendo que se deslocou até a região para passar o dia com o filho, mas como este não se sentia bem de saúde no momento, preferiram regressar para Belo Horizonte. Ele esclareceu que o uso da aeronave é autorizado por um decreto de 2005. Pimentel declarou calamidade financeira no estado no início de dezembro.
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Mais um chinês no caminho
Uma semana após concluir a compra de hidrelétricas no Estado de São Paulo, a companhia China Three Gorges vendeu parte desses negócios para o Fundo Chinês para Investimento na América Latina (Clai Fund). A companhia vendeu um terço da sua participação na Duke Energy Paranapanema – pela qual pagou 3,1 bilhões de reais – pelo mesmo preço por ação. Empresas chinesas têm se movimentado ativamente em aquisições no mercado de energia do Brasil. A Three Gorges se tornou recentemente a vice-líder em geração no país, atrás apenas da estatal Eletrobras.
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Recorde na balança
A balança comercial brasileira bateu o recorde de saldo positivo em 2016 desde o início da série histórica do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em 1989. O superávit do ano foi de 47,69 bilhões de dólares. O maior recorde anterior havia sido em 2006, quando o saldo positivo foi de 46,45 bilhões de dólares. O fraco desempenho da economia brasileira tem levado as importações a caírem mais que as exportações. As exportações somaram 185,24 bilhões de dólares no ano passado – queda de 3,5% em relação a 2015. Já as importações somaram 137,55 bilhões de dólares, uma queda de 20,1% na média diária.
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Varejo: -10bi em 2017
O varejo brasileiro deve ter uma perda de 10,5 bilhões de reais neste ano devido a feriados nacionais que emendam com finais de semana. O cálculo é da Fecomércio de São Paulo, que afirma que o valor é 2% maior que as perdas projetadas para 2016, já que 2017 terá mais feriados prolongados que no ano passado. A entidade divulgou ainda que o índice de confiança dos empresários do comércio da cidade de São Paulo em dezembro teve alta de 1,9% ante novembro, para 97,9 pontos.
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Atividade recua
A atividade industrial no Brasil em dezembro chegou ao patamar mais fraco em seis meses, segundo o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês). O PMI caiu para 45,2 em dezembro, ante 46,2 em novembro. Todos os três subsetores tiveram reduções, sendo mais acentuada nos bens de capital.
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Despedida de Obama
Após passar um período de férias no Havaí, Barack Obama retornou para Washington para os últimos dias de seu mandato. O presidente dos Estados Unidos também anunciou nesta segunda-feira um discurso de despedida no próximo dia 10 em Chicago, cidade em que fez sua carreira política. “Estou pensando sobre (o que dizer) como uma chance de agradecer por esta incrível jornada, para celebrar as maneiras como vocês mudaram esse país para melhor nestes últimos oito anos, e para oferecer algumas considerações sobre onde vamos daqui para frente”, disse Obama em post na rede social Facebook.
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“Presentes ilegais”
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi interrogado pela polícia na segunda-feira sobre ter recebido “presentes ilegais” de empresários. Os tais presentes somariam dezenas de milhares de dólares, segundo a imprensa local, e seriam uma prova de “abuso de confiança” de Netanyahu. Se confirmado, o caso pode abrir investigações sobre corrupção e troca de favores. Segundo a lei israelense, membros do governo suspeitos de corrupção devem renunciar ao cargo. O primeiro-ministro nega qualquer irregularidade e disse que irá colaborar com a polícia “quantas vezes for necessário”.