Brasil

Maia: Eventual denúncia contra Temer será analisada com respeito

O presidente da Câmara disse ainda que apressará a decisão, de forma que a agenda de reformas seja retomada o mais breve possível

Maia e Temer: "os prazos são curtos. O importante é encerrar essa segunda denúncia, respeitando decisão do procurador Rodrigo Janot", afirmou (Ueslei Marcelino/Reuters)

Maia e Temer: "os prazos são curtos. O importante é encerrar essa segunda denúncia, respeitando decisão do procurador Rodrigo Janot", afirmou (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 10h56.

São Paulo - O presidente em exercício, Rodrigo Maia (DEM), disse nesta quarta-feira, 4, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) e defendeu uma decisão rápida do Legislativo sobre o processo, de forma que a agenda de reformas seja retomada o mais breve possível.

"Parece que haverá segunda denúncia. Devemos analisar com todo respeito e decidir de forma rápida para avaliar as mudanças que o País precisa", comentou o deputado, acrescentando que não sabe, no entanto, quando a nova denúncia contra o peemedebista será apresentada.

"Os prazos são curtos. O importante é encerrar essa segunda denúncia, respeitando decisão do procurador Rodrigo Janot", afirmou.

Durante fórum promovido pela revista "Exame", Maia considerou que o governo perdeu alguma força no Congresso e avaliou que uma nova denúncia gera desgaste e desarticulação.

Ao tratar da reforma da Previdência, o deputado, que exerce interinamente a Presidência da República em razão da viagem de Temer à China, considerou ser difícil avançar na votação de uma proposta de emenda constitucional até o fim deste mês.

Nas contas de Maia, a reforma da Previdência precisa ser votada até outubro ou novembro, antes que a proximidade do calendário eleitoral comece a inviabilizar a matéria.

Segundo ele, o Planalto tem hoje menos de 280 votos na Câmara para votar a reforma que muda as regras da aposentadoria, que depende do aval de três quintos dos 513 deputados.

O parlamentar ponderou que quando as discussões sobre o tema começaram o governo não tinha nem 200 votos de apoio à reforma.

Acompanhe tudo sobre:Delação premiadaMichel TemerRodrigo JanotRodrigo Maia

Mais de Brasil

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial

Queda de ponte: dois corpos são encontrados no Rio Tocantins após início de buscas subaquáticas

Chuvas intensas atingem Sudeste e Centro-Norte do país nesta quinta; veja previsão do tempo