Maia critica MBL e defende reforma tributária
Maia é partidário de reforma do economista Bernard Appy, que tem recebido críticas do MBL após aliança com empresários do setor de serviços
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de fevereiro de 2020 às 14h35.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a defender a reforma tributária . Pelo Twitter, o deputado disse que o Brasil vive "um momento único para aprovar no Congresso as reformas que o País tanto precisa" e lamentou que "justo agora que a gente coloca a reforma tributária na mesa de discussão, alguns grupos usam fake news para confundir a sociedade".
Maia é partidário da proposta de reforma do economista Bernard Appy, que unifica impostos e amplia a alíquota sobre o setor de serviços. Por isso, tanto Maia quanto a proposta de Appy vêm recebendo críticas do Movimento Brasil Livre (MBL), que se aliou a empresários do setor de serviços.
Em postagens recentes em suas redes sociais, o MBL, ao qual pertencem cinco deputados federais, argumenta que a união de PIS Cofins, IPI, ICMS e ISS em um único imposto significará "um aumento de 300% a 500% sobre serviços de transporte, saúde e educação".
Em outra postagem, o movimento afirma que a alíquota única, proposta por Appy e defendida por Maia, "pode até parecer boa, mas vai acabar com o setor de serviços no Brasil".
"O Parlamento está sempre aberto para ouvir e realizar um debate baseado em fatos. Não vai ser na base da mentira, da chantagem e da agressão que vamos ceder e deixar de fazer o que é correto pelo Brasil", escreveu Maia no Twitter.
Os posts do parlamentar foram seguidos de um vídeo da série "Brasil em movimento", patrocinado por parlamentares do Centrão, incluindo o próprio Maia.
No vídeo, intitulado "Entenda porque a Reforma Tributária vai tornar o Brasil mais justo", o narrador diz que no País "os tributos atrapalham mais do que ajudam" e que agora "a sociedade abriu uma janela de oportunidade única no Congresso" para mudança do regime tributário.
A peça também apresenta trechos que argumentam pela redução dos impostos sobre consumo, o que penaliza os mais pobres, além de mostrar Rodrigo Maia em entrevista afirmando que a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não será retomada pela Câmara "em hipótese nenhuma".