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Maia apresentará relatório final da CPI mista da Petrobras

Texto ainda não foi divulgado, mas a expectativa é que não traga dificuldades para o Palácio do Planalto ou para a própria companhia petrolífera


	Marco Maia: relator disse que CPI que investiga suspeitas de irregularidades ocorreu em situação "atípica"
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Marco Maia: relator disse que CPI que investiga suspeitas de irregularidades ocorreu em situação "atípica" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 15h17.

Brasília - Com uma hora de atraso, a CPI mista da Petrobras abriu na tarde desta quarta-feira a reunião em que o deputado Marco Maia (PT-RS) vai apresentar seu relatório final dos trabalhos.

Até o momento, o texto ainda não foi divulgado, mas a expectativa é que não traga dificuldades para o Palácio do Planalto ou para a própria companhia petrolífera.

A comissão iniciou os trabalhos em maio e, após ter sido prorrogada por um mês, tem de concluir as investigações até o dia 22.

Minutos antes de apresentar seu relatório final, o relator da CPI afirmou que a comissão de inquérito que investiga suspeitas de irregularidades ocorreu em uma situação "atípica".

Ele disse que apresentará um relatório que considera bom, com cerca de mil páginas.

Segundo o petista, em um tom de ressalva em relação ao resultado final das investigações, a CPI mista foi atípica em relação a comissões passadas quatro fatores.

O primeiro deles é que as apurações começaram paralelamente às investigações da Operação Lava Jato. Em segundo lugar, disse que as investigações ocorreram também em meio ao processo eleitoral.

Em terceiro lugar, citou que a investigação parlamentar se deu à luz de um instrumento novo, a delação premiada. E, em quarto lugar, mencionou o final da legislatura no Congresso.

Marco Maia afirmou que apoiará a continuidade das investigações do escândalo que atinge a estatal.

"Eu aprovo todas as novas investigações que envolvem, não só a Petrobras, como os casos que envolvem a Operação Lava Jato", afirmou.

Maia não quis dizer, porém, se assinaria no próximo ano um requerimento de criação de uma nova CPI da Petrobras.

Mesmo tendo sido reeleito, ele alegou que a criação de uma nova comissão é assunto que deve ser debatido na próxima legislatura, que contará, conforme citou, com uma renovação de 40% dos parlamentares na Câmara dos Deputados.

Mais cedo, a liderança do Democratas na Câmara divulgou nota anunciando que o partido vai propor, durante a apresentação do relatório final da CPI, a demissão imediata de toda a diretoria da empresa petrolífera.

A sugestão ocorre um dia depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter sugerido, em duro discurso no Dia Internacional contra a Corrupção, a saída de toda a direção da Petrobras.

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