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Mãe do dançarino diz ter sido ameaçada de morte

Maria de Fátima foi ameaçada quando caminhava na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas


	Maria de Fátima da Silva, mãe do dançarino encontrado morto: o governo do Estado ofereceu à Fátima a possibilidade de ingressar no programa de proteção à testemunha
 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Maria de Fátima da Silva, mãe do dançarino encontrado morto: o governo do Estado ofereceu à Fátima a possibilidade de ingressar no programa de proteção à testemunha (Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 21h22.

Rio - A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima da Silva, mãe do dançarino Douglas Pereira, o DG, disse ter sido ameaçada de morte na tarde desta segunda-feira, 28, quando caminhava na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas.

O governo do Estado ofereceu à Fátima a possibilidade de ingressar no programa de proteção à testemunha.

Fátima contou que caminhava na ciclovia, quando percebeu um carro reduzindo a velocidade e se aproximando dela. Um homem branco, com uma tatuagem de dragão no braço, e olhos castanhos claros mostrou uma pistola para ela. "Cala a sua boca ou eu vou calar", teria dito o homem.

Fátima assistiu a uma missa, em memória do seu filho, e em seguida foi à 13ª DP registrar queixa sobre a ameaça.

O advogado Rodrigo Mondego, que acompanha o caso pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, disse que ainda vai conversar com Fátima sobre a oferta do governo do Estado.

A perícia realizada no Morro Pavão-Pavãozinho no dia seguinte à morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, de 26 anos, apontou que houve tiroteio recente na favela, informou o delegado Gilberto Ribeiro, titular da 13ª Delegacia de Polícia (Ipanema).

Os peritos encontraram marcas de tiros nas paredes dos dois lados de uma quadra esportiva, próximo ao local em que o dançarino participava de um churrasco.

Moradores acusam os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora de terem feito os disparos. Para o delegado, a perícia é indício de que houve confronto com traficantes.

O delegado enviou 50 cápsulas de projéteis da PM para análise no Instituto de Criminalística Carlos Éboli, para serem comparadas com uma cápsula deflagrada e a ponta de uma bala recolhida nas proximidades do local em que DG foi encontrado morto.

Ambas são de calibre ponto 40, de uso exclusivo das polícias, mas a munição também é utilizada por criminosos.

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