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Madrasta de Isabella Nardoni pede progressão para semiaberto

Levada a júri popular em 2010, Anna Carolina Jatobá foi condenada a 26 anos e 8 meses por homicídio triplamente qualificado

Prisão: o pedido conta com parecer favorável do Ministério Público Estadual de São Paulo (Andrew Bardwell/Wikimedia Commons)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de junho de 2017 às 14h25.

São Paulo - A defesa de Anna Carolina Jatobá, condenada pelo assassinato da enteada Isabella Nardoni, de 5 anos, morta em 2008, solicitou à Justiça progressão de cumprimento de pena do regime fechado para o semiaberto. O pedido conta com parecer favorável do Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP).

Levada a júri popular em 2010, Anna Carolina foi condenada a 26 anos e 8 meses por homicídio triplamente qualificado, mas ela já estava presa na Penitenciária Feminina de Tremembé, no Vale do Paraíba, no interior. O marido dela, Alexandre Nardoni, o pai de Isabella, recebeu pena de 31 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão.

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Ré primária e com bom comportamento na cadeia, Anna Carolina está presa desde o dia 3 de abril de 2008 e pode migrar para o semiaberto após cumprir dois quintos da pena recebida, ou 10 anos e 8 meses de reclusão.

Segundo cálculos da defesa, no entanto, ela também tem direito à remissão por ter trabalhado como costureira no presídio, o que permite pedir progressão quase dois anos mais cedo. O pedido foi feito em abril.

Laudos divulgados pelo Fantástico, da TV Globo, mostram que a direção do presídio de Tremembé recomenda a progressão. "Não me sinto culpada, nem arrependida porque sou inocente", declarou Anna Carolina na avaliação, que compõem o relatório mais recente sobre seu comportamento na cadeia. O documento será analisado pela Justiça, que deve decidir sobre o pedido em dez dias.

Segundo a reportagem, a psicóloga responsável por avaliá-la afirma que, hoje, não haveria possibilidade de Anna Carolina reincidir. "Não podemos prever o futuro, entretanto diante do amadurecimento adquirido com o tempo, sua capacidade de refletir e construção de projetos de futuro nos faz pensar que, neste momento, sua possibilidade de reincidência é nula."

Os laudos foram enviados ao Ministério Público de São Paulo, que recomendou a progressão de pena de Anna Carolina. O parecer favorável é dopromotor Luiz Marcelo Negrini, 3º Promotor de Justiça de Taubaté.

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