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Macron é de esquerda e eu sou de centro-direita, diz Bolsonaro

Confrontado por repórteres de que na França Macron é visto como alguém de centro Bolsonaro respondeu: "para mim não"

Bolsonaro: presidente afirmou que as falas de Macron ganharam força porque ele é de esquerda (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Mariana Martucci

Publicado em 28 de agosto de 2019 às 11h37.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (28) que as falas do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre sua postura em relação à Amazônia ganharam força porque ele é de esquerda.

"Essa inverdade do Macron ganhou força porque ele é de esquerda e eu sou de centro-direita também", disse em entrevista na saída do Palácio do Planalto ao lado do do presidente do Chile, Sebástian Piñera.

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Confrontado pelos repórteres de que na França Macron é visto como alguém de centro Bolsonaro respondeu: "para mim não. A gente sabe que ele é de esquerda por causa do comportamento", concluiu.

Em sua fala, Bolsonaro voltou a criticar o presidente francês afirmando que ele "relativizou nossa soberania.

"O que ele (Macron) fez no tocante ao Brasil, primeiro ao ofender presidente da República eleito democraticamente e depois relativizar nossa soberania, isso despertou sentimento patriótico do povo brasileiro e de outros países da América do Sul", defendeu.

Além disso, afirmou que em 6 de setembro, os presidentes latinos estarão reunidos, exceto o da Venezuela, "para discutir uma política única nossa de preservação do meio ambiente e exploração de forma sustentável". Ele não especificou quais países vão participar do encontro.

Questionado se mantém o posicionamento de que Macron teria que se retratar, Bolsonaro disse que sim.

"No tocante ao governo francês, o fato de me chamar de mentiroso e relativizar a soberania da Amazônia, somente após ele se retratar do que falou podemos conversar."

Presença chilena

O presidente chileno passou pelo Brasil rapidamente após participar como convidado da reunião do G7, que ocorreu na França.

Segundo Bolsonaro, Piñera levou a posição do Brasil aos países do G7 "com muita maestria e companheirismo". Nesta quarta em reunião no Palácio da Alvorada, o Chile ofereceu quatro aeronaves para ajudar o Brasil no combate ao fogo na Amazônia. Bolsonaro aceitou.

Em conversa com jornalistas, Piñera destacou que muitos países querem colaborar com o Brasil. Sobre a quantia de US$ 20 milhões oferecida pelos países do G7, ele considerou que "cada país saberá qual colaboração quer receber e qual não quer".

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