O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou nesta segunda-feira para Moçambique na última visita oficial a um país africano como chefe de Estado para, segundo declarou pouco antes de embarcar, realizar seu sonho de consolidar a cooperação entre o Brasil e a África.

"Em Moçambique, eu vou fazer uma coisa que é um sonho, porque nós vamos inaugurar três núcleos de universidade aberta, um em Maputo, outro em Beira e outro em Lichinga", afirmou o governante na edição desta segunda-feira do programa de rádio "Café com o Presidente".

Lula acrescentou que também visitará a fábrica de remédios contra a AIDS que o país está construindo com investimentos, equipes e orientação técnica brasileiros.

"Também vamos ter encontros empresariais, porque tem muitas empresas brasileiras fazendo investimentos em Moçambique. A Vale, em Moatize, tem uma grande mina de carvão. Outras empresas brasileiras da construção civil e empresas de celulose estão fazendo investimentos", afirmou.

O presidente revelou que antes de concluir seu mandato, em janeiro, pretende inaugurar a pedra fundamental da Universidade Brasil - África, outra iniciativa que busca consolidar a cooperação com o continente africano. A universidade será construída na cidade de Redenção, no Ceará.

"Nós consolidaremos a nossa relação com os países africanos. Portanto, a minha ida a Maputo é uma coisa de solidariedade, é uma coisa de fraternidade, é uma coisa de irmandade entre o Brasil e Moçambique", disse Lula em seu programa de rádio.

Na sua última visita a um país africano, o presidente também se reunirá com o primeiro-ministro de Moçambique, Aires Ali, e com o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza.

A presidente eleita, Dilma Rousseff, que acompanharia o governante na viagem, permanecerá no Brasil e se encontrará com Lula na próxima quinta-feira em Seul, onde ambos participarão da Cúpula do G20.