A Universidade de Salamanca (centro da Espanha) reconheceu nesta quarta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "doctor honoris causa" por seu apoio à educação para combater as desigualdades sociais.

"Ao assumir a Presidência do Brasil, recebi da sociedade mandamentos que se resumiam em uma única palavra - mudança - e por isso precisava mudar um modelo injusto que impedia o desenvolvimento do meu país", disse o ex-presidente durante o ato.

"A partir desse momento, começou um longo caminho e (houve) grandes desafios: a igualdade na educação para crianças e jovens, que todos tivessem as mesmas oportunidades", afirmou Lula, ressaltando que a educação básica é "para combater desigualdades".

Segundo Lula, apesar da criação de 14 novas universidades, da duplicação do número de escolas técnicas, do aumento de bolsas de estudo e do aumento dos jovens mais pobres do país nas salas de aula durante seu mandato, o Brasil continua tendo como desafio "garantir a educação de crianças e jovens".

Graças, em parte, a essas mudanças, "36 milhões de brasileiros saíram da pobreza extrema, 42 milhões entraram na classe média, e 21 milhões de empregos foram criados", acrescentou.

Tudo isso é motivo para "reconhecimento acadêmico" ao homem que "mais trabalhou pela educação de seu país, talvez em todo o mundo, e que tornou nosso idioma a segunda língua estrangeira de ensino obrigatório no Brasil", afirmou o reitor da Universidade de Salamanca, Daniel Hernández Ruipérez.