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Lula quer emplacar "deputado anti-impeachment"

Lula quer vaga para Wadih Damous na Câmara, que poderá fazer sustentação contra movimentos como o que pede o impeachment da presidente


	Lula quer vaga para Wadih Damous na Câmara, para rebater movimentos como o que pede o impeachment da presidente
 (Reprodução/Facebook/Lula)

Lula quer vaga para Wadih Damous na Câmara, para rebater movimentos como o que pede o impeachment da presidente (Reprodução/Facebook/Lula)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2015 às 09h46.

Rio - Empenhado em intensificar a defesa do governo e da presidente Dilma Rousseff no Congresso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha para mudar a bancada do PT na Câmara.

Em jantar com o prefeito Eduardo Paes e o governador Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB, anteontem, Lula pediu que um deles abra vaga no secretariado para um deputado federal petista do Rio, a fim de dar lugar na Câmara ao primeiro-suplente, Wadih Damous (PT-RJ).

Na avaliação de Lula, Damous, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), poderá fazer uma sustentação não só política, mas jurídica e técnica, contra movimentos como o que pede o impeachment da presidente.

Também poderá questionar os métodos da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobrás.

O ex-presidente diz que falta à bancada petista um parlamentar com o perfil de Damous.

No jantar, do qual participou o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), ficou acertado que Paes estudará como levar um petista para a prefeitura. Paes é aliado do PT, partido do vice-prefeito e secretário municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Adilson Pires.

Pezão, que enfrentou o PT na disputa pelo governo, ano passado, não está disposto a abrir espaço para o partido.

A primeira opção pensada por Lula era que a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) assumisse uma secretaria. Benedita foi denunciada pelo Ministério Público Estadual por suspeita de improbidade administrativa quando ocupou a Secretaria de Assistência Social do Estado, entre 2007 e 2010.

Anteontem, a Justiça do Rio, em liminar, determinou bloqueio de bens e quebra de sigilos fiscal e bancário da deputada e ex-governadora. Agora está sendo estudada a alternativa de levar para a prefeitura o deputado Chico D'Angelo, que é médico.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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