Brasil

Lula pode ser assessor especial da Presidência, diz Wagner

Em entrevista a mídia estrangeira, Wagner voltou a criticar o impeachment, alertando que ele significará um agravamento da crise econômica


	Jaques Wagner: em entrevista a mídia estrangeira, Wagner voltou a criticar o impeachment, alertando que ele significará um agravamento da crise econômica
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Jaques Wagner: em entrevista a mídia estrangeira, Wagner voltou a criticar o impeachment, alertando que ele significará um agravamento da crise econômica (Wilson Dias/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2016 às 13h31.

Rio de Janeiro - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser tornar assessor especial da Presidência da República se não puder assumir a Casa Civil, disse nesta quarta-feira o chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff, ministro Jaques Wagner, que apontou a antecipação de eleições como um caminho "mais legítimo" para se sair de uma crise de popularidade.

Em entrevista a mídia estrangeira, Wagner voltou a criticar o processo de impeachment contra Dilma, alertando que significará um agravamento da crise econômica e não sua solução, como defendem os favoráveis ao afastamento de Dilma da Presidência.

De acordo com o ministro, seria mais legítimo em uma crise de popularidade que se propusesse antecipação de eleição, "pois o governo que vai sentar lá não vai ter legitimidade" no caso de um processo de impedimento.

O ministro ressalvou que antecipar eleições não está previsto na Constituição e que precisaria ser aprovado por meio de emenda constitucional. O ministro afirmou ainda que a questão não está na pauta do governo.

Wagner, que foi deslocado neste mês do comando da Casa Civil para a chefia de gabinete de Dilma de forma a abrir espaço para Lula no ministério, disse que caso o ex-presidente não possa assumir como novo titular da Casa Civil deve ser mantido no governo em outra posição, como assessor especial.

Lula foi empossado como ministro na semana passada, mas a nomeação foi parar na Justiça devido a diversas ações questionando a legalidade de o ex-presidente assumir um ministério no momento em que é alvo das investigações da operação Lava Jato.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes suspendeu a posse de Lula em decisão liminar, depois da divulgação de áudios anexados em um processo da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná em que Dilma avisa a Lula que está enviando um emissário com o termo de posse do ex-presidente na Casa Civil para que use "em caso de necessidade".

O diálogo gerou interpretações de que o termo de posse poderia ser usado pelo ex-presidente para evitar uma eventual prisão no âmbito da Lava Jato.

Dilma rejeitou essa interpretação e disse ter enviado o documento para que Lula o assinasse, pois havia risco de ele não poder comparecer à cerimônia de posse na pasta.

Matéria atualizada às 13h30

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffGovernadoresJaques WagnerLuiz Inácio Lula da SilvaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP