Brasil

Lula participa de comício de Dilma na reta final da campanha

O ex-presidente participou de mais um comício da candidata à reeleição, na reta final para o segundo turno

A candidata à reeleição, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante comício (Ichiro Guerra/Dilma 13/FotosPúblicas)

A candidata à reeleição, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante comício (Ichiro Guerra/Dilma 13/FotosPúblicas)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 10h09.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta segunda-feira de mais um comício da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), na reta final para o segundo turno das eleições, que acontecem no próximo domingo.

Depois do primeiro turno, realizado no último dia 5, o carismático ex-presidente não tinha participado de eventos públicos com Dilma, embora desde a semana passada tenha ocupado um espaço grande na propaganda de televisão.

Lula acompanhou Dilma em um comício no bairro paulistano de Itaquera, uma das regiões mais populares de São Paulo, onde relembrou sua origem humilde e o fato de Dilma ser mulher.

"Houve um tempo neste país em que o trabalhador não se podia filiar a um sindicato e as mulheres que trabalham na indústria não podiam ir duas vezes ao banheiro em seu turno e vocês elegeram a um sindicalista e a uma mulher para presidentes da República", disse Lula para as milhares de pessoas presentes.

Em seu discurso, Lula criticou as "agressões" feitas pelo candidato adversário, Aécio Neves (PSDB), a quem criticou duramente por ter chamado Dilma de "leviana" em um dos debates televisivos.

"Nunca vivi uma campanha de agressões ao adversário dessa forma. Jamais imaginei que uma mulher e muito menos presidente fosse chamada na televisão de mentirosa e leviana. Vamos ensiná-lo a respeitar as mulheres e principalmente respeitar a um presidente. A resposta que vamos dar é a vitória em 26 de outubro", disse Lula.

Em meio a aplausos de milhares de militantes e bandeiras em movimento, Dilma subiu ao palanque e agradeceu o apoio dos grupos sociais que se reuniram no ato, entre eles ativistas da causa LGBT, negros e também torcedores de clubes de futebol.

"Hoje estou com coração leve, porque aqui estão as principais manifestações da diversidade da riqueza deste país", disse Dilma.

A presidente qualificou estas eleições como as mais agressivas dos últimos anos, e afirmou que "não podemos aceitar agressões gratuitas pelo que pensamos. Isso talvez seja o maior crime contra a democracia".

O comício terminou com a divulgação do resultado da última pesquisa do Instituto Datafolha, que apesar de continuar com um empate técnico entre os dois candidatos, mostrou Dilma com uma ligeira vantagem nas intenções de voto, com 46% contra 43% de Aécio.

As três pesquisas divulgadas hoje, entre elas a do Datafolha, indicaram que Dilma assumiu a dianteira e tem uma vantagem que varia de dois a três pontos percentuais, o que se insere na margem de erro.

Antes do comício, Dilma deu uma rápida entrevista coletiva em que justificou os elogios que fez ao adversário tucano quando ele era governador de Minas Gerais, em 2009, e que Aécio exibiu no horário eleitoral.

"Eu era excessivamente generosa, mas fiquei bastante crítica, porque a gente conhece as pessoas. Acaba conhecendo, infelizmente", afirmou Dilma.

Depois do comício, Dilma e Lula participaram de um evento com artistas.

Hoje Aécio recebeu um manifesto de intelectuais de esquerda, liderados pelo ator Marcos Palmeira e pelo ex-ministro do Supremo, Eros Grau.

Ele ainda visitou o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, no município de Caeté, onde participou de um evento religioso oferecido para sua campanha e depois participou de outro evento na cidade amazônica de Belém, capital do estado do Pará.

"Vou decretar a guerra à inflação, tolerância zero. Nós vamos acabar com esse fantasma", afirmou Aécio em uma breve declaração a jornalistas em Caeté.

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