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Lula participa de celebração do Dia do Exército em novo aceno aos militares

Na celebração do Dia do Exército de 2023, Lula havia cogitado não ir à cerimônia; porém, segundo ele, a presença veio para mostrar que "não guarda rancor" dos militares

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 18 de abril de 2024 às 20h43.

Última atualização em 18 de abril de 2024 às 20h43.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve participar, nesta sexta-feira, 19 do evento em celebração ao Dia do Exército em uma nova tentativa de se reaproximar das Forças Armadas após atritos causados pela reação dos militares aos ataques golpistas do 8 de janeiro. A presença do presidente foi confirmada pelo Palácio do Planalto nesta quinta-feira, 18.

A solenidade será em palanque organizado no Quartel General do Exército em Brasília (DF). No evento, autoridades e instituições civis e militares que tenham prestado relevantes serviços ao Exército serão condecoradas com a "Ordem do Mérito Militar" e a medalha Exército Brasileiro", como informou o Planalto.

Ditadura militar no Brasil

Em outro recente gesto de reaproximação, Lula desautorizou ações do governo para relembrar os 60 anos do golpe militar de 1964. Apesar de pressionado por sua base de esquerda, o presidente cancelou os eventos públicos de rejeição à ditadura militar para evitar atritos com as Forças Armadas. O presidente afirmou, em fevereiro, que não quer ficar "remoendo o passado" e que está mais preocupado com os atos golpistas de 8 de janeiro.

Na celebração do Dia do Exército de 2023, Lula havia cogitado não ir à cerimônia. Porém, segundo ele, a presença foi para mostrar que "não guarda rancor" dos militares. "Hoje foi o Dia do Exército brasileiro e todo mundo sabe o quanto eu andava magoado com os militares desse País por conta de tudo o que aconteceu. Fiquei a noite inteira pensando 'vou ou não vou?'. Tomei a decisão de ir e acho que Deus me ajudou a decidir", disse o presidente.

Lula tenta fortalecer a relação com os militares desde o inicio de sua gestão, após crise dos acampamentos golpistas em frente aos quartéis em todo o País. Na ocasião, o ex-comandante do Exército Júlio César de Arruda se recusou a ordenar a desmontagem do acampamento em frente ao Quartel General do Exército em Brasília. Lula, então, decidiu substituí-lo pelo general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.

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