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Lula: massacre; Lava-Jato no Rio…

“Vítima de massacre” O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, em depoimento ao juiz Ricardo Leite, na 10ª Vara Federal, em Brasília, no processo em que é réu acusado de tentar obstruir a Justiça na Operação Lava-Jato. Lula disse que “tem sido vítima quase de um massacre” desde o início da operação, […]

 (Orlando Brito/VEJA/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2017 às 18h42.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h16.

“Vítima de massacre”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, em depoimento ao juiz Ricardo Leite, na 10ª Vara Federal, em Brasília, no processo em que é réu acusado de tentar obstruir a Justiça na Operação Lava-Jato. Lula disse que “tem sido vítima quase de um massacre” desde o início da operação, há “mais ou menos três anos”. O ex-presidente também afirmou que é “falsa” a denúncia contra ele, acusado pelo ex-senador petista Delcídio do Amaral de interferir na Operação Lava-Jato para calar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que negociava um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Ele disse que não conhecia o ex-diretor da Petrobras e que participava apenas de reuniões coletivas com ele e que quem era próximo de Cerveró era apenas Delcídio.

“Lula preso amanhã”

Durante o depoimento, o ex-presidente disse que aguardava a oportunidade de se defender “perante um juiz imparcial” e que a cada prisão na Lava-Jato vive na expectativa de que será acusado de crimes. “Todo santo dia no café da manhã, no almoço e na janta, alguém insinua ‘agora vão prender fulano e vão pegar o Lula’, ‘prenderam a Odebrecht, vai delatar o Lula’, ‘prenderam a OAS, vai delatar o Lula’, ‘prenderam o Bumlai, vai delatar o Lula’, ‘prenderam o Delcídio, vai delatar o Lula’, ‘prenderam o papa, vai delatar o Lula’. E eu esperando pacientemente. O senhor sabe o que é levantar todo dia achando que a imprensa está na porta de casa porque vou ser preso?”, disse. Lula confirmou que fez várias reuniões com Delcídio, inclusive no Instituto Lula, mas que elas não se referiam à Lava-Jato. Ele também disse que nunca pediu nem recebeu dinheiro de empresários.

Lava-Jato no Rio

A Polícia Federal (PF) deflagrou um novo desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio. A ação apura pagamento de propina sobre contratos da Linha 4 do Metrô e prendeu Luiz Carlos Velloso, atualmente subsecretário de Transporte do Estado, e Heitor Lopes de Sousa Junior, diretor de Engenharia da Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro, a Riotrilhos. Até agora, a operação investigava no Rio a reforma do Maracanã para receber a Copa do Mundo de Futebol de 2014, o PAC Favelas e o Arco Metropolitano. O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) foi preso em 17 de novembro do ano passado na Operação Calicute, braço da Lava-Jato no Rio.

AGU a favor da cobrança de bagagens

A Advogacia-Geral da União (AGU) divulgou nesta terça-feira que pediu a suspensão da liminar que interrompe a cobrança de bagagens em viagens aéreas. A cobrança estava prevista em regra da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que entraria em vigor hoje. Mas a 22ª Vara Cível Federal de São Paulo suspendeu essa norma temporariamente, a pedido do Ministério Público Federal. A AGU argumenta que a decisão de ontem é uma interferência indevida do Poder Judiciário em um assunto técnico, que é competência da agência reguladora (a Anac) e que a decisão gera “insegurança jurídica e grave lesão à ordem pública”. O Ministério Público, por sua vez, alega que a resolução da Anac vai contra o Código Civil e o Código de Defesa do Consumidor.

Temer nomeia primo de Gilmar

O presidente Michel Temer indicou Francisval Dias Mendes, primo do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, para a diretoria da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq). Francisval é ligado ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT), e ao senador Wellington Fagundes (PR-MT). A diretoria da Antaq é, desde o governo Lula, uma indicação do PR. O fato gerou polêmica porque Temer responde a um processo no TSE, presidido por Gilmar, que pode cassar a chapa Dilma-Temer e retirá-lo da Presidência. Perguntado sobre a nomeação, Gilmar Mendes disse que não tem relação com o primo e que a nomeação não tem relação com ele. “Devo ter uns 70 primos”, disse.

Prefeitura do Rio nomeia segundo morto

A prefeitura do Rio de Janeiro nomeou o segundo morto para um cargo público em menos de um mês. Dessa vez, o nomeado foi Paulo Henrique Souza de Oliveira Júnior, ex-jogador do Flamengo e que trabalharia na gerência de Esporte, Lazer e Inclusão Social. Ele morreu no dia 13 de fevereiro e foi nomeado no dia 17. A prefeitura alegou que, pela grande quantidade de nomeações, formou-se uma fila e isso ocasionou o atraso nas nomeações. Por isso, Paulo já estaria trabalhando antes de ser nomeado.

Réu contra Geddel

A Justiça transformou em réu o servidor público que chamou o ex-ministro Geddel Vieira Lima de “golpista” durante um voo. Geddel entrou com uma queixa-crime contra o servidor, e a juíza substituta Pollyana Kelly Alves justificou o aceite à denúncia dizendo que a expressão era “injuriosa apta a ofender a dignidade ou o decoro”.

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