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Remy Sharp
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A agenda de segunda-feira, dia 24, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Portugal será praticamente toda reservada aos negócios. Logo cedo, o presidente vai deslocar-se de Lisboa para Matosinhos, cidade próxima ao Porto, no Norte do país, onde ocorrerá o Fórum Empresarial Portugal-Brasil. O evento, previsto para começar às 10h, deve reunir cerca de 150 empresários dos dois países. A organização é da Apex-Brasil em conjunto com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep) e o Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto português.

No local, haverá a assinatura de um Memorando de Entendimento entre AICEP e ApexBrasil e, às 10h25, Lula fala aos empresários. O primeiro-ministro português, Antonio Costa, acompanha o presidente e também fará um pronunciamento.

Um dos destaques do evento é a parceria entre a Embraer e a Ogma empresa do setor aeronáutico português que atualmente produz o KC 390, avião militar brasileiro destinado ao transporte e lançamento de cargas e tropas. Segundo apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, nesta viagem, Lula anunciará a ampliação desse acordo entre a Embraer e a Ogma para a produção conjunta, em Portugal, do modelo Super Tucano, uma aeronave turboélice de ataque leve e treinamento avançado que foi desenvolvida no Brasil e que, atualmente, é produzida em duas linhas de montagem, no Brasil e nos Estados Unidos.

Segundo informação em primeira mão do ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, ao Broadcast em Portugal, o Super Tucano será produzido de acordo com os critérios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Isso permitirá a aquisição da aeronave pelos países membros. Segundo informações não oficiais, vários deles já teriam mostrado firme interesse em adquirir o aparelho.

O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, participa do evento em Matosinhos e fala às 12h15 sobre Mobilidade - Aeronáutica e automóvel, dentro do painel "Oportunidades de Comércio e Investimento em Novas Tecnologias".

Lula e o primeiro-ministro Antonio Costa devem voltar de Matosinhos a Lisboa num voo do KC390 e vão diretamente para uma visita à Ogma.

Parcerias

No ano passado, o comércio bilateral Brasil-Portugal foi de US$ 5,26 bilhões, com crescimento de 50,8% em relação a 2021. As exportações brasileiras alcançaram US$ 4,27 bilhões. As importações com origem em Portugal foram da ordem de US$ 990 milhões. O Brasil é o sétimo principal fornecedor de bens a Portugal e o segundo maior fornecedor fora da União Europeia, superado apenas pela China.

Portugal ocupa a décima sexta posição entre os países com maior estoque de investimentos no Brasil, com um total de US$ 10,7 bilhões, segundo dados do Banco Central. Os investimentos portugueses estão concentrados na área de energia, nos segmentos de exploração e produção offshore de petróleo e gás, além de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia.

A cooperação na indústria aeronáutica envolve uma parceria no setor de alta tecnologia. Os investimentos realizados pela Embraer em Portugal, na Ogma e em duas fábricas no Parque Industrial de Évora, alcançam US$ 500 milhões, tendo gerado por volta de 2.500 empregos diretos e 7.000 indiretos, segundo dados da empresa. Em 2019, um contrato celebrado entre a Embraer e o governo português previu a entrega de cinco aeronaves KC-390 à Força Aérea Portuguesa - uma por ano, a partir de 2023, pelo montante de 872 milhões de euros.

Super Tucano 

Um dos acordos que deverão ser oficializados durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Portugal é o que prevê a produção do avião de combate Super Tucano. Será uma parceria da Embraer com a portuguesa Ogma. Assim que chegou a Lisboa, na manhã desta sexta-feira, o presidente postou em suas redes sociais que 13 acordos serão assinados durante a sua passagem pelo país.

A linha de montagem do turboélice de defesa seguirá o padrão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Publicada pela "CNN" ontem, a notícia foi confirmada pela ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, que classificou a parceria como estratégica:

- A Embraer é uma empresa privada, já foi estatal. É uma parceria estratégica porque a Embraer é um patrimônio brasileiro. Foi uma grande estatal que possibilitou a gente ser o terceiro produtor de aviões, seja de defesa seja comercial, do mundo.

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