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Lula elogia Mercosul e critica Rodada Doha

Foz do Iguaçu - No discurso de despedida do Mercosul, em Foz do Iguaçu (PR), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que deixa a presidência da República com a certeza de que valeu a pena o trabalho realizado no bloco e que está seguro de que sua sucessora, Dilma Rousseff, viverá o momento […]

O presidente Lula, durante a cúpula do Mercosul: "somos um grande continente" (Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Lula, durante a cúpula do Mercosul: "somos um grande continente" (Ricardo Stuckert/PR)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2010 às 10h45.

Foz do Iguaçu - No discurso de despedida do Mercosul, em Foz do Iguaçu (PR), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que deixa a presidência da República com a certeza de que valeu a pena o trabalho realizado no bloco e que está seguro de que sua sucessora, Dilma Rousseff, viverá o momento privilegiado de integração.

"Somos um grande continente em processo de consolidação solidária", afirmou o presidente. Segundo ele, o Mercosul constitui um "ambicioso projeto" e que é "gritante" o contraste entre o Mercosul "que floresce" e a Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC), em "desalento".

Lula citou também a Organização Internacional de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que tem defendido medidas recessivas de ajuste da economia, que penalizam o trabalhador. "Premia-se a imprevidência de especuladores mal sucedidos", disse Lula, em referência à origem da crise financeira internacional nos Estados Unidos. "Os países em desenvolvimento não podem pagar a conta de um problema que não criaram", acrescentou.

Para o presidente, deve ser motivo de orgulho o trabalho do Mercosul de atrair outros países fora do continente, como Austrália, Nova Zelândia e Turquia, que participam do encontro do bloco, no Paraná. Segundo ele, a crise financeira internacional fez o comércio do bloco recuar em 2009, mas houve retomada do ritmo em 2010.

No início do discurso, Lula destacou que a reunião do bloco era aberta para a imprensa porque o grupo trabalhava abertamente. "Não temos nada a esconder de ninguém", disse Lula, acrescentando que as pessoas não iriam saber das decisões somente por telegramas, numa referência ao escândalo da diplomacia internacional divulgada pelo site WikiLeaks.

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