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Lula diz que vitória nas eleições vingará xingamento a Dilma

Segundo o ex-presidente, a oposição está disposta a expandir uma "grande quantidade de mentiras e preconceitos"

Lula e Dilma durante num ato político do PT no Recife, Pernambuco (Heinrich Aikawa/Instituto Lula)
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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2014 às 17h10.

Rio de Janeiro - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a reeleição de Dilma Rousseff como chefe de Estado em outubro será 'a vingança' às vaias e aos xingamentos sofridos pela governante na cerimônia de abertura da Copa do Mundo na quinta-feira passada.

'A nossa vitória será nossa vingança', afirmou Lula em um ato eleitoral do PT ontem à noite no Recife ao qual compareceu com Dilma.

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Apesar de não fazer o tradicional discurso presidencial na cerimônia de abertura do evento para evitar hostilidades, a governante foi vaiada pelo menos quatro vezes, especialmente quando sua imagem aparecia nos telões.

Diante de 2.500 militantes do PT no Recife, Lula pediu aos correligionários que se preparem para uma campanha eleitoral 'muito violenta'.

'Não foi uma ofensa à presidente, foi um ato de cretinice. A nossa vitória será a nossa vingança. Essa campanha corre o risco de ser uma campanha violenta, porque a elite está conseguindo fazer o que nunca conseguimos fazer: despertar o ódio e que ele tome conta de uma campanha', afirmou.

Segundo o ex-presidente, a oposição está disposta a expandir uma 'grande quantidade de mentiras e preconceitos' e por isso 'temos que dizer bem claro: se ofendem a Dilma nos estão ofendendo a cada um de nós'.

Lula aproveitou o ato partidário para lhe oferecer uma rosa branca a sua sucessora e afilhada política como símbolo de paz.

O líder petista atribuiu as vaias aos setores mais ricos da população brasileira e disse duvidar que um trabalhador 'tivesse a coragem de dizer 1% dos palavrões que falaram ontem'.

'Dilma, você viu que no estádio não tinha ninguém com cara de pobre, só você?! Não tinha ninguém, ninguém pelo menos moreninho. Era a parte bonita da sociedade, que comeu a vida inteira e chegou ao estádio para mostrar que educação a gente aprende em casa, vem de berço', disse.

Dilma, que já tinha dito que não se intimidaria com insultos nem com agressões, disse no ato partidário que perdoava os que a ofenderam.

'Quem perdoa ganha. Perdoar não é esquecer, perdoar não é discutir, perdoar não é aceitar que isso se repita ou compactuar com isso. Perdoar é não deixar que entre no seu coração o veneno do ódio', afirmou.

Dilma lidera as enquetes de intenções de voto para as eleições do dia 5 de outubro apesar de sua candidatura a um novo mandato não ser oficial.

Segundo as últimas pesquisas, as intenções de voto na presidente estão em 38%, contra os 22% de seu principal rival, Aécio Neves (PSDB).

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