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Lula diz que, se eleito, vai 'conversar com todo mundo'

Presidenciável também disse que Centrão "não é partido político"

Lula: presidenciável diz que "vai conversar com todo mundo" se for eleito (Gustavo Minas/Bloomberg/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de agosto de 2022 às 10h17.

O candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou na manhã desta quarta-feira, 17, que, se eleito, conversará com todos os políticos que estão dentro do Congresso Nacional. Instigado sobre diálogos com o chamado Centrão, que compõe a base do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente minimizou e afirmou que o Centrão não é uma legenda.

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"O Centrão não é partido político. É um conjunto de forças políticas que se une de quando em quando a qualquer pessoa que tiver no governo na medida em que eles participem do governo. Eu obviamente, vou conversar com todo mundo, porque não há como governar sem conversar com todo mundo", disse durante entrevista à Rádio Super, de Minas Gerais. Nesta quinta-feira, 19, Lula realiza o seu primeiro comício de campanha na Praça da Estação, em Belo Horizonte.

O ex-presidente disse que, em um eventual governo, vai trabalhar para desenvolver um projeto com medidas concretas e, dessa forma "conversar com essa gente para que não fique fazendo conversa casual". "É muito melhor você fazer um acordo programático com os partidos políticos e governar o País por quatro anos com uma certa tranquilidade", defendeu.

Questionado sobre manter diálogo com nomes como Roberto Jefferson, candidato à Presidência pelo PTB, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL - ambos condenados no Mensalão -, Lula minimizou. "Eu posso conversar com PTB sem precisar conversar com Roberto Jefferson. Eu posso conversar com PL sem precisar conversar com o presidente do PL", disse.

"O que é importante é que você estabeleça uma política de conversação com as pessoas que têm mandato, com lideranças que estão no Congresso Nacional para poder restabelecer uma política de boa convivência no Brasil", continuou Lula.

"Essas pessoas cometerem erro, cometeram crime, foram julgadas mas essas pessoas estão livres e estão fazendo política. Não pode criminalizar porque a pessoa cometeu apenas crime, mas ele já foi julgado, já foi processado, já foi absolvido ou já cumpriu a sua pena. E a vida que segue. E aí você tem que conversar com as pessoas", reforçou o ex-presidente.

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