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Lula diz que novo comandante do Exército pensa exatamente como ele

No último sábado, o petista demitiu o general Júlio Arruda no comando do Exército e escolheu Tomás Miguel Ribeiro Paiva para o lugar

Lula: o presidente ressaltou que as Forças Armadas têm papel definido na Constituição, o de garantir a soberania (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de janeiro de 2023 às 17h22.

Última atualização em 23 de janeiro de 2023 às 17h33.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira, 23, em Buenos Aires, que o novo comandante do Exército, Tomás Miguel Ribeiro Paiva , pensa exatamente como ele sobre o papel das Forças Armadas, definido pela Constituição. No último sábado, o petista demitiu o general Júlio Arruda no comando do Exército.

"Eu escolhi um comandante do Exército que não foi possível dar certo e escolhi outro comandante. Tive uma boa conversa com o novo comandante, e ele pensa exatamente com tudo que tenho falado sobre a questão das Forças Armadas. As Forças Armadas não servem a um político, ela não existe para servir um político", afirmou o petista na Casa Rosada.

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Lula ressaltou que as Forças Armadas têm papel definido na Constituição, o de garantir a soberania. "Eu penso que todas as carreiras de Estado não podem se meter na política durante o exercício da função. Porque essa gente tem estabilidade, essa gente não pertence a nenhum governo, essa gente pertence ao Estado brasileiro, portanto, eles precisam aprender democraticamente", declarou.

Para o presidente, o culpado pela politização das Forças Armadas é o ex-presidente Jair Bolsonaro. "O Bolsonaro conseguiu a maioria em todas as forças militares, a polícia dos estados, a polícia rodoviária, uma parte da polícia militar e uma parte das Forças Armadas. Agora nós temos um papel de muita responsabilidade que é fazer com que o País volte à normalidade e as forças policiais e militares voltem à normalidade", disse o petista.

Lula ressaltou que, na sua visão, Bolsonaro não respeitou a Constituição e as Forças Armadas. "E eu tenho certeza que nós vamos colocar as coisas no lugar. O Brasil vai voltar à normalidade. As Forças Armadas vão cumprir com seu papel, o Poder Executivo vai cumprir com seu papel, o Poder Legislativo vai cumprir com seu papel, e assim o Brasil vai ficar bem", disse o presidente na Argentina.

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