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Lula diz que Dino deixará ministério da Justiça até 8 de janeiro

Os recados do presidente a Dino ocorreram durante fala inicial de Lula na última reunião ministerial do ano

Lula: "Ali [no STF], meu caro Flávio Dino, com a sua competência, só tem uma coisa que você não pode trair, que é seu compromisso com o povo brasileiro (Ricardo Stuckert/Flickr)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 20 de dezembro de 2023 às 12h15.

Última atualização em 20 de dezembro de 2023 às 12h23.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o ministro da Justiça, Flávio Dino, que teve o nome aprovado ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) pelo Senado na semana passada, ficará à frente da pasta até 8 de janeiro. Ao brincar sobre Dino ser "ministro comunista", Lula pediu para que ele seja justo e disse que não lhe caberá dar entrevistas nem palpites sobre os votos em julgamentos.

Os recados do presidente a Dino ocorreram durante fala inicial de Lula na última reunião ministerial do ano, que ocorre nesta quarta-feira, 20, no Palácio do Planalto. De acordo com Lula, na Suprema Corte, não se pode prevalecer visão ideológica.

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"Ali [no STF], meu caro Flávio Dino, com a sua competência, só tem uma coisa que você não pode trair, que é seu compromisso com o povo brasileiro e com a verdade", declarou. "Um ministro da Suprema Corte não tem que ficar dando entrevista, palpite sobre os votos. Ele fala no auto dos processos e é isso que interessa para quem recorre à Suprema Corte", comentou. "Estou confiante que você será motivo de orgulho para o nosso país", acrescentou.

O presidente voltou a brincar com as acusações da oposição de que Dino é comunista e, portanto, será o primeiro desse perfil na Suprema Corte. "Segundo a extrema direita, [Dino] foi o primeiro comunista a assumir a Suprema Corte e espero que seja um comunista do bem, que tenha amor, carinho e, sobretudo, que seja justo", disse.

O chefe do Executivo confirmou que Dino assumirá como ministro do STF no dia 22 de fevereiro, mas que ficará à frente da Justiça até o ato que o governo federal prepara de 1 ano dos atos golpistas de 8 de janeiro. De acordo com Lula, o ato será convocado pela Presidência da República junto com as presidências da Câmara, Senado e STF e deve ocorrer no Congresso. O Ministério da Justiça é quem está articulando os detalhes.

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