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Lula deve sair da UTI amanhã e alta segue prevista para segunda ou terça-feira, diz médico

Lula passou por uma embolização da artéria meníngea média, uma técnica indicada para prevenir o retorno de sangramentos no cérebro

 (Ricardo Stuckert / AFP)

(Ricardo Stuckert / AFP)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 12 de dezembro de 2024 às 11h13.

Última atualização em 12 de dezembro de 2024 às 11h15.

O médico Roberto Kalil Filho informou nesta quinta-feira, 12, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ter alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e retirar o dreno que previne novos sangramentos na cabeça na sexta-feira, 13. A alta hospitalar segue prevista para segunda ou terça-feira.

“Hoje, ele vai continuar monitorado na UTI. O dreno será retirado muito provavelmente no fim da tarde. A partir de amanhã, ele não vai ter mais o monitoramento 24 horas, de alta da UTI”, afirmou Kalil Filho em entrevista coletiva nesta manhã.

Lula passou por uma embolização da artéria meníngea média, uma técnica indicada para prevenir o retorno de sangramentos no cérebro. Na terça-feira, o petista passou por uma cirurgia na cabeça no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Kalil reforçou que o procedimento foi um sucesso: a artéria foi embolizada, e a programação de alta segue mantida para a próxima segunda-feira. O médico afirmou que Lula está “neurologicamente perfeito” e poderá viajar para Brasília já na segunda ou terça-feira.

“Depois da alta, o presidente poderá ir para Brasília. Ele, obviamente, poderá ter uma agenda de despacho no Planalto. Ele vai precisar de um repouso relativo por algumas semanas, mas pode voltar aos poucos à rotina normal”, afirmou.

Risco de ter um novo sangramento é desprezível após procedimento

O neurologista Rogério Tuma destacou que o hematoma foi completamente curado durante o procedimento de terça-feira. A embolização foi feita de forma preventiva para reduzir significativamente o risco de novos sangramentos.

“Foi feita preventivamente a embolização da artéria que nutre os vasos dessa cápsula, e com isso diminui muito o risco do hematoma refazer. Esse risco vai diminuindo exponencialmente com o passar dos dias. Hoje, ele está com menos de 5% de probabilidade de se refazer. Agora, com todo esse procedimento, o risco de isso ocorrer novamente é bem menor”, explicou.

Tuma detalhou que Lula sofreu dois hematomas após a queda ocorrida em outubro. Um deles já havia sido completamente cicatrizado e absorvido pelo corpo, sem riscos. O segundo foi o que apresentou sangramento nesta semana, mas, com a embolização realizada, a probabilidade de um novo problema no mesmo local foi drasticamente reduzida.

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