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Lula defende que caixa 2 seja ‘crime inafiançável’

O PT tem levantado a bandeira da reforma política, com foco no financiamento público de campanha

O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva conversa com o público ao lado de ex-primeiro-ministro espanhol Felipe Gonzalez, em 26 de março de 2013 (REUTERS / Nacho Doce)
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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 08h42.

São Paulo - Ao participar de um debate com empresários nesta terça-feira em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais e afirmou que a doação de empresas privadas a candidatos deveria ser considerada "crime inafiançável".

"Eu sou defensor do financiamento público de campanha como forma de moralizar a política. E, mais ainda, eu acho que não só se deveria aprovar o financiamento público de campanha como tornar crime inafiançável o financiamento privado", afirmou o ex-presidente durante um evento promovido pelo jornal Valor Econômico.

Essa ideia já havia sido defendida por Lula no fim de fevereiro, em ato do PT em Fortaleza. O partido tem levantado a bandeira da reforma política, com foco no financiamento público de campanha, por considerar que essa seria uma maneira de evitar que escândalos como o mensalão voltem a acontecer.

Apesar de o Supremo Tribunal Federal ter julgado que o caso consistiu em um esquema de compra de votos em troca de apoio ao governo Lula no Congresso, o PT afirma que o que houve foi caixa 2 para pagamento de dívidas de campanha.

O ex-presidente também defendeu a necessidade da reforma política, mas se mostrou cético quanto à possibilidade de o Congresso aprová-la, mesmo com a possibilidade de um projeto que trata do assunto entrar na pauta nas próximas semanas.


"Eu não acredito que o Congresso vá votar a reforma porque as pessoas que estão lá querem continuar com o status quo que têm hoje." Para resolver o impasse, Lula voltou a propor a elaboração de uma constituinte exclusiva para discutir o assunto.

Democracia

Num balanço com perspectiva histórica, o ex-presidente afirmou que a alternância de poder entre PSDB e PT ajudou a consolidar a democracia brasileira.

Em um raro momento de trégua com os tucanos, chegou a dizer que a eleição de Fernando Henrique Cardoso em 1994 "foi um avanço para a democracia".

Lula evitou ainda fazer críticas ao governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, que poderia deixar a base aliada para concorrer à Presidência. "Todo brasileiro com mais de 35 anos tem o direito de se candidatar", disse ao ser questionado sobre o pernambucano.

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"Eu sou defensor do financiamento público de campanha como forma de moralizar a política. E, mais ainda, eu acho que não só se deveria aprovar o financiamento público de campanha como tornar crime inafiançável o financiamento privado", afirmou o ex-presidente durante um evento promovido pelo jornal Valor Econômico.

Essa ideia já havia sido defendida por Lula no fim de fevereiro, em ato do PT em Fortaleza. O partido tem levantado a bandeira da reforma política, com foco no financiamento público de campanha, por considerar que essa seria uma maneira de evitar que escândalos como o mensalão voltem a acontecer.

Apesar de o Supremo Tribunal Federal ter julgado que o caso consistiu em um esquema de compra de votos em troca de apoio ao governo Lula no Congresso, o PT afirma que o que houve foi caixa 2 para pagamento de dívidas de campanha.

O ex-presidente também defendeu a necessidade da reforma política, mas se mostrou cético quanto à possibilidade de o Congresso aprová-la, mesmo com a possibilidade de um projeto que trata do assunto entrar na pauta nas próximas semanas.


"Eu não acredito que o Congresso vá votar a reforma porque as pessoas que estão lá querem continuar com o status quo que têm hoje." Para resolver o impasse, Lula voltou a propor a elaboração de uma constituinte exclusiva para discutir o assunto.

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Num balanço com perspectiva histórica, o ex-presidente afirmou que a alternância de poder entre PSDB e PT ajudou a consolidar a democracia brasileira.

Em um raro momento de trégua com os tucanos, chegou a dizer que a eleição de Fernando Henrique Cardoso em 1994 "foi um avanço para a democracia".

Lula evitou ainda fazer críticas ao governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, que poderia deixar a base aliada para concorrer à Presidência. "Todo brasileiro com mais de 35 anos tem o direito de se candidatar", disse ao ser questionado sobre o pernambucano.

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