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Lula critica pressão por corte de despesas e diz que 'tudo no Brasil é tratado como gasto'

Presidente citou o programa de microcrédito lançado ontem como o maior já anunciado pelo governo federal

Lula: em café com jornalistas, presidente crítica crédito ser visto como gasto (Nelson Almeida/AFP)

Lula: em café com jornalistas, presidente crítica crédito ser visto como gasto (Nelson Almeida/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 23 de abril de 2024 às 11h24.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas à forma como economistas veem a necessidade de corte de gastos no país, incluindo redução de despesas com saúde e educação e defendeu tratar despesas na área como investimentos.

"Sem crédito o país não vai a lugar nenhum. Tem duas coisas que fazem um país crescer, investir em educação e a outra é ter crédito. O problema é que tudo no Brasil é tratado como gasto. Emprestar dinheiro para pobre é gasto, colocar dinheiro na saúde é gasto, colocar dinheiro na educação é gasto. A única coisa que não é gasto é superávit primário. A única coisa que se trata como investimento é isso. O que é gasto? Eu sempre brigo com isso, porque nós discutimos coisas no Brasil que as vezes são secundárias", disse Lula.

O presidente ainda contestou nesta terça-feira, 23, a estimativa de crescimento de analistas econômicos e disse que o país crescerá mais que o esperado. Em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, ele citou o programa de microcrédito lançado ontem como o maior já anunciado pelo governo.

"A economia em 2024 do que todos os analistas falaram até agora. Vai crescer porque as coisas estão acontecendo no Brasil", disse o presidente.

O FMI divulgou que estima que a economia brasileira crescerá 2,2% neste ano e 2,1% em 2025. Os mesmos números são previstos pelo Ministério da Fazenda.

Lula acredita que os estímulos ao crédito e empreendedorismo vão movimentar a economia pelo consumo. O presidente ainda disse que será necessário fazer mais concursos para servidores públicos. "Temos ministérios que vão precisar fazer concursos para repor funcionários", afirmou.

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