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Lula cita Haddad e governadores como alternativas para 2018

Caso o TRF-4 confirme a condenação como decidido por Moro, Lula ficará impedido de se candidatar ao Palácio do Planalto no ano que vem

Haddad e Lula: "O Haddad pode ser uma personalidade importante se ele se dispuser a percorrer o Brasil" (Ricardo Stuckert/Facebook/Lula/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 20 de julho de 2017 às 16h29.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou nesta quinta-feira três governadores petistas à frente de grandes Estados e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como possíveis candidatos petistas à Presidência no ano que vem caso ele esteja impedido de disputar a eleição.

Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão e recorrerá da sentença à segunda instância em liberdade.

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Caso o Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4) confirme a condenação, ele ficará impedido de se candidatar ao Palácio do Planalto no ano que vem.

"O PT tem governadores em três Estados importantes", disse Lula em entrevista ao canal de internet Ultrajano, comandado pelo jornalista José Trajano. Atualmente o PT governo três grandes Estados --Minas Gerais, com Fernando Pimentel; Bahia, com Rui Costa, e Ceará, com Camilo Santana.

"O governador de um Estado importante tem um cacife para ser candidato", acrescentou o ex-presidente que também citou nominalmente Haddad, que foi ministro da Educação durante os governos petista, como possível alternativa ao Planalto, caso ele não possa se candidatar.

"O Haddad pode ser uma personalidade importante se ele se dispuser a percorrer o Brasil. Nessa crise da educação, eu já me reuni com o Haddad e falei 'companheiro Haddad, é o seguinte, você tem que botar o pé na estrada e falar da educação, falar do que você fez na educação, Haddad!'", disse.

Após a condenação por Moro pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso envolvendo um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, Lula anunciou que postularia a candidatura à Presidência pelo PT e alertou que aqueles que acrediatam que, com a condenação, ele estaria acabado vão "quebrar a cara".

O ex-presidente nega quaisquer irregularidades e afirma ser alvo de uma perseguição política promovida por integrantes do Judiciário e do Ministério Público.

Pesquisas de intenção de voto para a eleição do ano que vem apontam Lula na liderança na preferência do eleitorado, mas também com um elevado índice de rejeição.

Indagado ainda sobre quem acredita que poderiam ser seus adversários em uma eventual disputa, Lula apontou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a quem ele derrotou na eleição de 2006, como rival mais provável, ou então, segundo Lula, "alguém que eles inventarem".

O ex-presidente avaliou que o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que tem aparecido bem nas pesquisas não teria chances de vencer e afirmou que o atual prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), ainda precisa se provar como governante da capital paulista.

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