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Lula adiado; Odebrecht x Moro…

Depoimento adiado De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o juiz Sergio Moro adiou o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inicialmente marcado para o próximo dia 3 de maio. Agora, os dois devem ficar frente a frente, pela primeira vez, no dia 10. O adiamento teria ocorrido a pedido da […]

LULA: denuncia do sítio de Atibaia pode ser tornar a sexta em que ex-presidente vira réu / Orlando Brito/VEJA

LULA: denuncia do sítio de Atibaia pode ser tornar a sexta em que ex-presidente vira réu / Orlando Brito/VEJA

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2017 às 19h04.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h23.

Depoimento adiado

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o juiz Sergio Moro adiou o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inicialmente marcado para o próximo dia 3 de maio. Agora, os dois devem ficar frente a frente, pela primeira vez, no dia 10. O adiamento teria ocorrido a pedido da Polícia Federal, que informou que teria problemas para fazer a segurança do local por causa do feriado de 1o de maio. São esperadas 50.000 pessoas se manifestando a favor do ex-presidente no dia de seu depoimento. De acordo com a revista VEJA, a mudança elevou a apreensão no PT de que o ex-presidente pode ser preso em breve. Como se sabe, internamente, os aliados de Lula tratam a detenção dele como uma questão de tempo.

Moro ouvirá Odebrecht (outra vez)

O juiz Sergio Moro deve ouvir mais uma vez Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que leva seu nome. A oitiva ocorrera a pedido da defesa de Antonio Palocci na ação penal que investiga o ex-ministro. Os advogados pediram, e Moro aceitou, ouvir novamente sete executivos da Odebrecht, por causa da quebra no sigilo das delações da companhia. De acordo com a defesa, eles trariam contradições, que devem ser exploradas pelos advogados durante os depoimentos. Moro declarou que os primeiros depoimentos dos delatores sobre a investigação seguem válidos, mas podem ser complementados com as eventuais perguntas da defesa de Palocci.

Delação de Palocci

Em meio aos rumores de que Palocci fará delação premiada, políticos e autoridades se manifestam sobre o assunto. “Não sabemos exatamente o que ele pretende, mas, com certeza, se ele falar sobre o que tem conhecimento, o Brasil vai sofrer um verdadeiro terremoto no meio empresarial”, disse o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP). Na semana passada, em depoimento a Moro, Palocci deu indícios de que deve delatar. “Todos os nomes que optei por não falar aqui, por sensibilidade da informação, estão à sua disposição para o dia que o senhor quiser. E, se o senhor estiver com agenda muito ocupada e determinar uma pessoa, eu imediatamente apresento todos esses fatos, com nome, endereço, operações realizadas e coisas que certamente vão ser do interesse da Lava-Jato, que realiza uma investigação de importância”, afirmou o petista, acrescentando que as informações podem “abrir um caminho” que pode render mais um ano de trabalho a Moro.

Sem mais recuos

O presidente Michel Temer disse, nesta segunda-feira, que não deve haver mais mudanças no texto da reforma da Previdência. “Todas as concessões já foram feitas”, afirmou. A declaração foi dada a jornalistas durante o almoço em homenagem ao primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, no Palácio do Itamaraty. Temer ressaltou que, a partir de hoje, começa o processo de convencimento dos parlamentares e que a reforma será votada “quando for possível aprová-la”, afirmando que isso possivelmente acontecerá em duas semanas. O relatório da reforma deve ser votado na comissão já na próxima semana, mas analistas creem que dificilmente será possível aprová-lo no plenário num período tão curto. O Placar da Previdência, criado pelo jornal O Estado de S. Paulo, aumentou o número de parlamentares contrários à reforma. O número subiu para 209 deputados, enquanto o dos que são a favor avançou para 75 — o restante está indeciso ou não quis responder. Na última sexta, 188 parlamentares eram contrários à reforma. São necessários 308 votos favoráveis para a aprovação da PEC.

Mais apoio à greve

Mais seis sindicatos confirmaram, na tarde desta segunda-feira, que vão aderir à paralisação do dia 28 de abril. O protesto é uma proposta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de outras centrais sindicais contra as reformas trabalhista e previdenciária do governo do presidente Michel Temer. Na última sexta-feira, sete sindicatos (dos metroviários, rodoviários, bancários, correios, servidores municipais, professores municipais e professores estaduais) haviam decidido fazer parte do protesto e paralisar suas atividades. O sindicato de pilotos e comissários aéreos também pode aderir ao ato e fazer greve no dia 28, que terá alta procura por ser véspera de feriadão. A maior manifestação do país deve ser em São Paulo, partindo do Largo da Batata, indo em caminhada até a casa do presidente Temer, que fica a poucos quilômetros do local. No Dia do Trabalhador, na próxima segunda, a CUT deve organizar um ato na Avenida Paulista.

Fim do foro

O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux afirmou nesta segunda-feira que a maioria dos ministros da Corte é a favor de restringir a extensão do foro privilegiado a políticos e autoridades no país. De acordo com o ministro, os colegas concordam que algumas autoridades poderiam ter foro para possíveis crimes cometidos no decorrer do mandato, mas não para a vida pregressa. Ele disse que o foro muitas vezes tem poder para retardar investigações e disse crer que o “Supremo vai eliminar essa anomalia de foro”. Citando a Lava-Jato, Fux disse que o mensalão deveria ter sido julgado em juizado de pequenas causas se comparar com a operação atual.

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