Lula acena que pode assumir coordenação informal do governo
Ex-presidente disse a senadores que vai se envolver mais nas conversas políticas com parlamentares e com integrantes do Executivo
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2016 às 20h13.
Brasília - No café da manhã com mais de 20 senadores, nesta quarta-feira, 9, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acenou que poderá assumir uma espécie de coordenação informal do governo Dilma Rousseff.
Cobrado por vários presentes se iria assumir um ministro na gestão da petista, Lula negou que tenha sido convidado, mas, mesmo se for, não aceitaria essa missão.
Ainda assim, ele disse que vai se envolver mais nas conversas políticas com parlamentares e com integrantes do Executivo a fim de superar as crises política e econômica.
Na conversa de cerca de três horas, segundo relatos obtidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o ex-presidente mostrou-se preocupado com o que considera "fragilidade" atual dos Poderes Executivo e Legislativo.
E, mesmo sem citar nominalmente o processo de impeachment, se predispôs a ajudar a gestão Dilma a recompor a base aliada. Ele destacou a importância dos senadores, Casa Legislativa que tem dado sustentação ao governo, nessa tarefa.
Lula afirmou que não trabalhará para, nos dizeres do anfitrião e presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), "colocar fogo no País".
Ele deu sinais de que atuará para distensionar o clima político, tendo em vista a possibilidade de confronto nas manifestações marcadas para domingo, 13, que vão pedir o afastamento de Dilma.
Sem mencionar a convenção do PMDB marcada para o próximo sábado, 12, em que pode ser discutido o desembarque do governo, o ex-presidente disse que o partido tem papel fundamental nesse processo de melhorar o ambiente político e econômico.
Uma das cobranças dos presentes a Lula foi a falta de resultados econômicos do governo para ajudar a base aliada a defender o Executivo.
Ele admitiu as dificuldades, mas, adotando um tom otimista, disse que uma virada na condução da economia fará rapidamente a atividade ser reaquecida.
Defendeu que o governo volte a ofertar crédito para a população e justificou que o Brasil tem um mercado consumidor "gigantesco".
"Ele (Lula) se colocou como uma pessoa que quer agregar a base", avaliou um dos senadores do PT presentes ao encontro, para quem o ex-presidente até o momento não dá sinais de que quer virar ministro de Dilma.
Lava Jato
No caso da Operação Lava Jato, Lula cobrou uma reação dos presentes lembrando que, assim como ele, vários senadores são investigados pela força-tarefa.
O ex-presidente foi alvo de uma condução coercitiva na sexta-feira passada e ao todo 13 dos 81 senadores são alvos de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas que envolvem essa ação.
Conforme mostrou o Broadcast mais cedo, o ex-presidente disse que os investigadores da operação querem, a qualquer custo, prendê-lo novamente.
"Estão forçando a barra", reclamou. Ele se disse tranquilo em relação às investigações e afirmou que ao final delas será inocentado.
Brasília - No café da manhã com mais de 20 senadores, nesta quarta-feira, 9, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acenou que poderá assumir uma espécie de coordenação informal do governo Dilma Rousseff.
Cobrado por vários presentes se iria assumir um ministro na gestão da petista, Lula negou que tenha sido convidado, mas, mesmo se for, não aceitaria essa missão.
Ainda assim, ele disse que vai se envolver mais nas conversas políticas com parlamentares e com integrantes do Executivo a fim de superar as crises política e econômica.
Na conversa de cerca de três horas, segundo relatos obtidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o ex-presidente mostrou-se preocupado com o que considera "fragilidade" atual dos Poderes Executivo e Legislativo.
E, mesmo sem citar nominalmente o processo de impeachment, se predispôs a ajudar a gestão Dilma a recompor a base aliada. Ele destacou a importância dos senadores, Casa Legislativa que tem dado sustentação ao governo, nessa tarefa.
Lula afirmou que não trabalhará para, nos dizeres do anfitrião e presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), "colocar fogo no País".
Ele deu sinais de que atuará para distensionar o clima político, tendo em vista a possibilidade de confronto nas manifestações marcadas para domingo, 13, que vão pedir o afastamento de Dilma.
Sem mencionar a convenção do PMDB marcada para o próximo sábado, 12, em que pode ser discutido o desembarque do governo, o ex-presidente disse que o partido tem papel fundamental nesse processo de melhorar o ambiente político e econômico.
Uma das cobranças dos presentes a Lula foi a falta de resultados econômicos do governo para ajudar a base aliada a defender o Executivo.
Ele admitiu as dificuldades, mas, adotando um tom otimista, disse que uma virada na condução da economia fará rapidamente a atividade ser reaquecida.
Defendeu que o governo volte a ofertar crédito para a população e justificou que o Brasil tem um mercado consumidor "gigantesco".
"Ele (Lula) se colocou como uma pessoa que quer agregar a base", avaliou um dos senadores do PT presentes ao encontro, para quem o ex-presidente até o momento não dá sinais de que quer virar ministro de Dilma.
Lava Jato
No caso da Operação Lava Jato, Lula cobrou uma reação dos presentes lembrando que, assim como ele, vários senadores são investigados pela força-tarefa.
O ex-presidente foi alvo de uma condução coercitiva na sexta-feira passada e ao todo 13 dos 81 senadores são alvos de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas que envolvem essa ação.
Conforme mostrou o Broadcast mais cedo, o ex-presidente disse que os investigadores da operação querem, a qualquer custo, prendê-lo novamente.
"Estão forçando a barra", reclamou. Ele se disse tranquilo em relação às investigações e afirmou que ao final delas será inocentado.