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Lockdown começa no Maranhão e é cogitado por outros estados

Bloqueio total na região metropolitana de São Luís restringe a circulação de pessoas à realização de atividades básicas

Coronavírus: com sistemas de saúde saturados, estados cogitam implementar o lockdown (Bruno Kelly/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2020 às 06h24.

Última atualização em 5 de maio de 2020 às 16h38.

Enquanto em alguns estados a reabertura da economia já está a todo vapor, em outros as medidas de isolamento social para contenção do novo coronavírus estão prestes a subir um degrau.

No Maranhão, um decreto do governador Flávio Dino (PCdoB) estabelece a partir desta terça-feira (05) um lockdown , o bloqueio total, em toda a região metropolitana da capital São Luís.

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A entrada de veículos particulares estará proibida e a circulação de pessoas estará restrita à realização de atividades básicas. A medida responde a uma decisão judicial e vale por 11 dias. O estado tem 4.227 casos e 249 mortes, e a taxa de ocupação de leitos estaduais de UTI para tratamento atingiu o limite.

O dia também deve ser de decisão no Pará , que tem 4.262 casos e 344 mortes. No domingo, o governador Helder Barbalho (MDB) disse que se o isolamento não ficasse próximo de 70% até nesta terça-feira, o lockdown seria aplicado em áreas como a capital Belém.

O sistema de saúde também se aproxima da saturação e a preocupação é que se repita o cenário do vizinho Amazonas , onde caixões de vítimas da covid-19 têm sido empilhados em valas comuns.

O lockdown foi praticado em países muito afetados pela doença como Itália e Espanha diante do colapso dos hospitais, mas também foi adotado de forma mais antecipada em países que conseguiram conter a curva de contágio com sucesso, como a Argentina. No Brasil, as medidas de isolamento foram mais frouxas e a adesão vem caindo em áreas como o estado de São Paulo.

O estado está prestes a anunciar um plano de reabertura a ser iniciado no dia 11, mas já avisou que isso depende da curva de contágio estar controlada. Sem levar a quarentena a sério, o Brasil pode correr o risco de estender, ao mesmo tempo, as dores da crise de saúde e da economia.

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