Lobista indicou Zelada com apoio do PMDB, diz delator
Zelada é réu da Lava Jato, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os investigadores descobriram uma fortuna do ex-diretor da Petrobras
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2015 às 14h27.
São Paulo - O ex-gerente geral de Internacional da Petrobras Eduardo Costa Vaz Musa, alvo da Operação Lava Jato que fez delação premiada, afirmou à Justiça Federal que o lobista João Augusto Henriques lhe disse que indicou Jorge Zelada para o comando da diretoria daquela área da estatal petrolífera com apoio do PMDB de Minas.
"O João Augusto (Henriques) disse 'eu fiz o Zelada. com apoio do PMDB mineiro'", afirmou.
Zelada é réu da Lava Jato, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os investigadores descobriram uma fortuna do ex-diretor da Petrobras alojada em conta secreta no Principado de Mônaco.
João Augusto Henriques teve papel decisivo no cerco ao deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Ele revelou ter feito transferência de "um milhão e pouco de dólares" para uma conta no exterior.
Segundo ele, a remessa foi feita para a conta de um filho do deputado peemedebista Fernando Diniz, de Minas, que já morreu. Henriques diz que "soube depois" que a conta era do presidente da Câmara.
O juiz federal Sérgio Moro, que conduziu a audiência na última sexta-feira, 30, perguntou a Eduardo Musa. "(Henriques) chegou a dar detalhes de como fez o Zelada?" Musa respondeu.
"Não, que eu me lembre não. Eu conhecia o João Augusto de outros tempos de Petrobras. Fomos tomar um café. Ele foi mais detalhado e falou que tinha feito o diretor Zelada com apoio do PMDB. Ele disse que o PMDB estava cobrando muito o resultado e que ele (Henriques) estava com dificuldade, que era do interesse dele e da manutenção do diretor que essa contratação saísse."
A contratação a que Eduardo Musa se referiu no depoimento é relativa ao navio sonda Vantage, para águas profundas (três mil metros). Segundo ele, não houve licitação e, supostamente por decisão de Zelada, foi incluída a Vantage.
O negócio rendeu propina de US$ 550 mil para Musa, conforme ele próprio admitiu.
O PMDB afirma que nunca autorizou ninguém a falar em nome do partido ou arrecadar valores de origem ilícita para a legenda.
São Paulo - O ex-gerente geral de Internacional da Petrobras Eduardo Costa Vaz Musa, alvo da Operação Lava Jato que fez delação premiada, afirmou à Justiça Federal que o lobista João Augusto Henriques lhe disse que indicou Jorge Zelada para o comando da diretoria daquela área da estatal petrolífera com apoio do PMDB de Minas.
"O João Augusto (Henriques) disse 'eu fiz o Zelada. com apoio do PMDB mineiro'", afirmou.
Zelada é réu da Lava Jato, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os investigadores descobriram uma fortuna do ex-diretor da Petrobras alojada em conta secreta no Principado de Mônaco.
João Augusto Henriques teve papel decisivo no cerco ao deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Ele revelou ter feito transferência de "um milhão e pouco de dólares" para uma conta no exterior.
Segundo ele, a remessa foi feita para a conta de um filho do deputado peemedebista Fernando Diniz, de Minas, que já morreu. Henriques diz que "soube depois" que a conta era do presidente da Câmara.
O juiz federal Sérgio Moro, que conduziu a audiência na última sexta-feira, 30, perguntou a Eduardo Musa. "(Henriques) chegou a dar detalhes de como fez o Zelada?" Musa respondeu.
"Não, que eu me lembre não. Eu conhecia o João Augusto de outros tempos de Petrobras. Fomos tomar um café. Ele foi mais detalhado e falou que tinha feito o diretor Zelada com apoio do PMDB. Ele disse que o PMDB estava cobrando muito o resultado e que ele (Henriques) estava com dificuldade, que era do interesse dele e da manutenção do diretor que essa contratação saísse."
A contratação a que Eduardo Musa se referiu no depoimento é relativa ao navio sonda Vantage, para águas profundas (três mil metros). Segundo ele, não houve licitação e, supostamente por decisão de Zelada, foi incluída a Vantage.
O negócio rendeu propina de US$ 550 mil para Musa, conforme ele próprio admitiu.
O PMDB afirma que nunca autorizou ninguém a falar em nome do partido ou arrecadar valores de origem ilícita para a legenda.