Edson Facchin: ele vai ter muito trabalho pela frente (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2017 às 18h27.
Última atualização em 14 de março de 2017 às 18h46.
Brasília - Os 83 pedidos de inquérito contra políticos protocolados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no Supremo Tribunal Federal (STF) não devem chegar tão cedo às mãos do ministro Edson Facchin, relator das ações penais da Lava Jato que envolvem pessoas com foro privilegiado.
Segundo informações da assessoria de imprensa do Supremo, como o número é grande, a expectativa é de que o processo de registro de todos os pedido demore de dois a três dias. Só após isso, os casos serão encaminhados ao gabinete de Fachin para que o ministro os analise.
De acordo com a Procuradoria Geral da República, foram enviados 320 pedidos ao Supremo relacionados aos acordos de delação premiada da Odebrecht.
Além dos 83 pedidos de abertura de inquérito, que tratam de casos envolvendo pessoas com prerrogativa de foro junto ao Supremo --parlamentares, ministros de Estado e presidente da República-- também foram solicitados 211 declínios de competência para outras instâncias da Justiça, em casos que não envolvem pessoas com prerrogativa de foro; sete pedidos de arquivamento e 19 pedidos de "outras providências".
A PGR não pode dar mais detalhes sobre os pedidos feitos, pois o caso está sob segredo de Justiça. Caberá ao relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, decidir se levanta o sigilo colocado sobre as delações já homologadas no início do ano pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.
Em trechos de depoimentos vazados até agora, já foram citados pelos delatores ligados à empreiteira deputados, senadores, ministros do governo do presidente Michel Temer. O nome do próprio presidente da República é citado nos depoimentos.