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Lira: Quem vai decidir essa eleição é o Centro, são os eleitores moderados

Lira disse que quando Lula e Bolsonaro fazem gestos para a suas alas mais radicais "eles perdem (votos) fácil"

Lira: "Pelos moldes que foi desenhado, não achamos nestes assuntos que foram tratados nenhuma dificuldade (Michel Jesus/Agência Câmara)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de maio de 2022 às 13h47.

Última atualização em 27 de maio de 2022 às 13h47.

Aliado do Planalto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta sexta-feira (27) que mesmo com o cenário polarizado, quem vai definir esta eleição é o eleitor moderado de centro. O líder avaliou que sempre que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL) fazem gestos para a suas alas mais radicais "eles perdem (votos) fácil".

Liracitou como exemplo declarações de Lula quando ele minimizou a independência do Banco Central ou falou a favor da revogação da reforma trabalhista, declarações que casaram com uma melhora do desempenho de Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto. "Toda vez também que o presidente Bolsonaro fala muito claramente a linha dos mais radicais da direita, isso pode influir", argumentou.

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"Quem vai decidir essa eleição é o Centro. São os eleitores moderados, são os brasileiros que querem previsibilidade, que vão escolher o que cada uma representa", disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes. "Com a polarização neste nível no Brasil , os que ficam ao centro, que são os 33%, 34% dos eleitores que vão decidir o que cada um representa", avaliou.

Daniel Silveira

O presidente da Câmara também afirmou na entrevista que o desfecho do caso Daniel Silveira, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por ataque aos ministro da Corte e à democracia, vai deixar claro o limite de cada poder na República. "Nós vamos levar essa discussão nos limites institucionais e constitucionais para termos uma saída clara de qual é o limite de cada poder na República, e isso vai ficar claro no desfecho desse caso", disse.

Liradisse que, por ser mal compreendido, muitas vezes apanha dos dois lados, da esquerda "porque acham que sou aliado de Bolsonaro" e da direita "que acham que eu sou capacho do STF". "Eu não sou nem uma coisa nem outra [...] Converso com os parlamentares, converso com o parlamentar do caso, com os ministros e com o Presidente da República, é a minha função", afirmou.

Liradisse ver excessos de todos os lados envolvidos no caso, "senão nós não estaríamos nessa polêmica". Contudo, compreende que o presidente tem o direito constitucional da graça, que o Supremo pode julgar parlamentar, mas que é o Congresso quem tem a última palavra. "Essa limitação nós deixamos bem clara. É importante que as pessoas tenham consciência de que é preciso haver limites para todos, e a falta de limites para todos é que causa essa polêmica", finalizou.

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