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Liquefação causou rompimento de barragem da Samarco

Esta foi a conclusão de uma investigação independente contratada pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton

Tragédia em Mariana: a liquefação foi consequência de uma cadeia de eventos e condições, diz investigação (Antonio Cruz/ Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2016 às 17h11.

Nova Lima - A perda de estabilidade na fundação de rejeitos da barragem de Fundão, da Samarco , em um processo conhecido como liquefação, foi a causa do rompimento da estrutura, em novembro do ano passado, concluiu uma investigação independente contratada pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton.

A liquefação foi consequência de uma cadeia de eventos e condições, disse nesta segunda-feira Norbert Morgenstern, chairman do painel de especialistas da Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, contratada para realizar a investigação.

Alterações realizadas no projeto em anos anteriores ao rompimento da barragem, que resultou no maior desatre ambiental da história do Brasil, contribuíram com o incidente, que também provocou 19 mortes.

Para Morgenstern, lama foi depositada em áreas não previstas na ombreira esquerda da barragem e o alinhamento do maciço foi recuado da sua localização originalmente planejada.

Dessa forma, de acordo com a investigação, havia lama abaixo do maciço que passou por processos de alteamento, quando as paredes da estrutura são aumentadas para receber mais rejeitos, fazendo pressão no conteúdo.

A investigação também apontou que tremores de terra ocorreram antes do rompimento da barragem.

"Com apenas um pequeno incremento adicional de carga produzido pelos abalos sísmicos, o gatilho da liquefação foi acelerado e iniciou o fluxo de rejeitos", apontou o resumo executivo da investigação.

Morgenstern participou de uma conferência de imprensa nesta segunda-feira, falando de Toronto (Canadá), por meio de vídeo conferência.

A investigação não apurou eventuais culpas pelo desastre.

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A liquefação foi consequência de uma cadeia de eventos e condições, disse nesta segunda-feira Norbert Morgenstern, chairman do painel de especialistas da Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, contratada para realizar a investigação.

Alterações realizadas no projeto em anos anteriores ao rompimento da barragem, que resultou no maior desatre ambiental da história do Brasil, contribuíram com o incidente, que também provocou 19 mortes.

Para Morgenstern, lama foi depositada em áreas não previstas na ombreira esquerda da barragem e o alinhamento do maciço foi recuado da sua localização originalmente planejada.

Dessa forma, de acordo com a investigação, havia lama abaixo do maciço que passou por processos de alteamento, quando as paredes da estrutura são aumentadas para receber mais rejeitos, fazendo pressão no conteúdo.

A investigação também apontou que tremores de terra ocorreram antes do rompimento da barragem.

"Com apenas um pequeno incremento adicional de carga produzido pelos abalos sísmicos, o gatilho da liquefação foi acelerado e iniciou o fluxo de rejeitos", apontou o resumo executivo da investigação.

Morgenstern participou de uma conferência de imprensa nesta segunda-feira, falando de Toronto (Canadá), por meio de vídeo conferência.

A investigação não apurou eventuais culpas pelo desastre.

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