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Líder do PT cobra que relator de denúncia não seja do PMDB

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), deve anunciar o nome do relator da denúncia contra Temer nesta terça-feira

Carlos Zarattini (PT-SP): "nós achamos que o relator dessa denúncia na CCJ deve ser alguém de um partido diferente do partido do presidente (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)

Carlos Zarattini (PT-SP): "nós achamos que o relator dessa denúncia na CCJ deve ser alguém de um partido diferente do partido do presidente (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de julho de 2017 às 13h06.

Brasília - O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), cobrou nesta terça-feira, 4, que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), não indique um nome do PMDB como relator da denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer.

Segundo ele, assim como acontece no Conselho de Ética, em que o relator de um processo não pode ser do mesmo partido do alvo da ação, seria correto a CCJ adotar esse critério em relação à denúncia contra Temer.

"Nós achamos que o relator dessa denúncia na CCJ deve ser alguém de um partido diferente do partido do presidente, não pode ser do PMDB", disse.

Pacheco vai anunciar o nome do relator nesta terça-feira, após a sessão da CCJ. O governo está pressionando para que seja um deputado alinhado a Temer, como Jones Martins (PMDB-RS) e Carlos Marun (PMDB-MS). O presidente da comissão, no entanto, tem analisado perfis mais técnicos e independentes, como Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) e Evandro Gussi (PV-SP).

Balcão

Zarattini também criticou a agenda de Temer desta terça-feira, na qual programou audiências com mais de 20 parlamentares. Segundo ele, o petista transformou o gabinete presidencial em um "balcão de negócios" para garantir o apoio da base aliada contra a denúncia.

Com a agenda do peemedebista em mãos, Zarattini disse que a oposição iria monitorar a maneira como cada deputado que esteve no Palácio do Planalto vai votar no processo. "Como um deputado vai se explicar, no seu Estado, de estar votando a favor desse governo? Vamos cobrar um a um, vamos cobrar em praça pública", disse.

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