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Líder do PSDB diz que Dilma deveria ir aos EUA

Dilma cancelou o encontro, após considerar que foram insatisfatórias as respostas dadas pela gestão Barack Obama às denúncias de espionagem pela NSA


	Aloysio Nunes, do PSDB: para o tucano, há um "certo clima de patriotada" em torno do assunto
 (José Cruz/ABr)

Aloysio Nunes, do PSDB: para o tucano, há um "certo clima de patriotada" em torno do assunto (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 17h18.

Brasília - O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), afirmou nesta terça-feira, 17, que a presidente Dilma Rousseff deveria realizar a visita oficial aos Estados Unidos no próximo mês.

Dilma cancelou o encontro, após considerar que foram insatisfatórias as respostas dadas pela gestão Barack Obama às denúncias de que a Agência Nacional de Segurança (NSA, em inglês) espionou conversas da própria presidente e da Petrobras.

"Acho que ela (Dilma) deveria ir. Ela tem a nossa solidariedade em relação à espionagem norte-americana, assim como qualquer tipo de espionagem feita por outros países. Acho que ela devia ter ido para dizer na lata ao presidente Obama, lá no Salão Oval da Casa Branca, que nós, brasileiros, repudiamos essa prática e queremos do governo americano explicações cabais e o fim da espionagem", disse.

Para o tucano, há um "certo clima de patriotada" em torno do assunto. "Há uma tentativa de manipulação eleitoral", disse. Segundo ele, mesmo com a denúncia de espionagem, a ocasião não deveria ser perdida para tratar de questões econômicas, financeiras e comerciais durante a visita que a delegação brasileira faria.

O líder do PSDB disse que, se, por um lado, a presidente tem "nosso apoio em seu protesto, "ela tem a nossa crítica quando se constata que o governo brasileiro se deixou espionar". "Porque o governo é absolutamente inepto na montagem de um sistema de segurança cibernético", criticou.

Aloysio Nunes Ferreira divulgou números que dão conta de que dos R$ 100 milhões destinados pelo governo para esse gasto, apenas R$ 10 milhões foram usados. Em sua maior parte, segundo ele, esses recursos foram aplicados em despesas sem ligação com a defesa, como a compra de jipes, carros e caminhões. "Então, quem se deixa espionar no mundo de hoje tem, em parte, a culpa", completou.

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