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Líder do MDB diz que Congresso precisa "desarmar bomba" da reoneração

Projeto reduz neste ano a desoneração da folha de pagamento para 28 setores da economia e prevê zerar a PIS-Cofins que incide sobre o diesel

Simone Tebet: "Nós estamos entre a cruz e a espada. Vão-se os anéis e ficam-se os dedos" (Wilson Dias/Agência Brasil)

Simone Tebet: "Nós estamos entre a cruz e a espada. Vão-se os anéis e ficam-se os dedos" (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de maio de 2018 às 18h57.

Última atualização em 29 de maio de 2018 às 18h57.

Brasília - A líder do MDB no Senado, senadora Simone Tebet (MT), disse nesta terça-feira, 29, que os senadores estão "entre a cruz e a espada" diante do pedido do governo para que o Congresso Nacional aprove urgentemente o projeto de reoneração da folha de pagamento, o que inclui o artigo que zera o PIS/Cofins para o óleo diesel. A emedebista defendeu que é preciso "desarmar essa bomba".

"Nós estamos entre a cruz e a espada. Vão-se os anéis e ficam-se os dedos. Precisamos desarmar essa bomba na certeza de que o governo vai vetar o projeto e achar uma nova fonte de receita. Não podemos ir para casa sem votar esse projeto e pôr fim a esta crise. A não ser que os senadores queiram ficar de plantão", disse.

O projeto de reoneração aprovado na Câmara reduz neste ano a desoneração da folha de pagamento para 28 setores da economia. E também prevê zerar, até o final deste ano, a PIS-Cofins que incide sobre o óleo diesel. Por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), seria preciso encontrar uma fonte de compensação financeira para eliminar o imposto. É justamente a reoneração que servirá de fonte.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, destacou a importância da votação para que o preço do óleo diesel, de fato, caia, como prometido pela gestão emedebista aos caminhoneiros em greve. Segundo Guardia, apenas a reoneração não será suficiente pra cobrir os R$ 4 bilhões de rombo com a zeragem do PIS-Cofins.

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