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Licença de Pezão deixa caminho livre para reformas no Rio

A intenção de governistas é realizar fusões de secretarias, cortar gastos e demitir servidores que ocupam cargos comissionados

Pezão: a intenção de governistas é realizar fusões de secretarias, cortar gastos e demitir servidores que ocupam cargos comissionados (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2016 às 15h53.

Rio de Janeiro - A ampliação da licença do governador do Rio , Luiz Fernando Pezão (PMDB), até 30 de julho, deixa o caminho livre para seu vice, Francisco Dornelles (PP), realizar uma reforma administrativa no Estado, que enfrenta grave crise financeira .

A intenção de governistas é realizar fusões de secretarias, cortar gastos e demitir servidores que ocupam cargos comissionados.

Na semana passada, o presidente da Assembleia Legislativa e do PMDB no Rio, Jorge Picciani, manifestou-se publicamente pelo afastamento de Pezão por mais tempo e cobrou mais liberdade de ação para o vice-governador, atualmente no exercício do governo.

Os peemedebistas querem cortar pelo menos dez das 25 secretarias de Estado. Entre as mudanças estão previstas as fusões da Secretaria de Educação com a de Ciência e Tecnologia.

Também seriam fundidas as pastas de Saúde com a de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida. A Secretaria de Agricultura e Pecuária assumiria a de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca. Dornelles ainda não confirma as modificações na estrutura administrativa.

"O próprio governador Pezão pretendia fazer uma profunda reforma de Estado antes de ser acometido pela doença. O que isso (ampliação do afastamento) facilita é o governador Dornelles dar curso", afirmou o secretário Assistência Social e Direitos Humanos, Paulo Melo.

"Era isso que Pezão pretendia e acho que o Estado tem que tomar uma decisão. O Estado não pode ser mero espectador de crise", acrescentou.

Melo disse que sempre foi um defensor de mais prazo para que Pezão cuide da saúde. O governador está de licença médica desde 28 de março para tratar de um câncer no sistema linfático.

"Isso dá tranquilidade para que a interinidade tenha mais autoridade. Permite que ele (Dornelles) tome decisões extremamente necessárias para adequação da máquina pública diante da crise", declarou.

O líder do PMDB na Assembleia, André Lazaroni, disse que a reforma não pode se limitar a cortar secretarias, mas acabar com sobreposições e reduzir o número de cargos em comissão.

"O governo tem um déficit de R$ 19 bilhões a R$ 20 bilhões. Vai ser um remédio amargo, mas que nesse momento é necessário. A Assembleia apoia isso, desde que os cortes venham acompanhados de estudos e áreas prioritárias não sejam afetadas, como saúde, educação e segurança", afirmou.

Pezão iniciou na segunda-feira o terceiro ciclo de quimioterapia. Ele comentou no Twitter a ampliação de seu afastamento. "O tratamento é duro, mas estou encarando com muita confiança e fé. Será preciso ficar mais uns dias fora para me dedicar à saúde. Até 30 de julho, meu amigo e companheiro Francisco Dornelles seguirá na condução do nosso estado. Vamos em frente!", escreveu.

O governador recebe nesta tarde as visitas dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), e de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD).

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Rio de Janeiro - A ampliação da licença do governador do Rio , Luiz Fernando Pezão (PMDB), até 30 de julho, deixa o caminho livre para seu vice, Francisco Dornelles (PP), realizar uma reforma administrativa no Estado, que enfrenta grave crise financeira .

A intenção de governistas é realizar fusões de secretarias, cortar gastos e demitir servidores que ocupam cargos comissionados.

Na semana passada, o presidente da Assembleia Legislativa e do PMDB no Rio, Jorge Picciani, manifestou-se publicamente pelo afastamento de Pezão por mais tempo e cobrou mais liberdade de ação para o vice-governador, atualmente no exercício do governo.

Os peemedebistas querem cortar pelo menos dez das 25 secretarias de Estado. Entre as mudanças estão previstas as fusões da Secretaria de Educação com a de Ciência e Tecnologia.

Também seriam fundidas as pastas de Saúde com a de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida. A Secretaria de Agricultura e Pecuária assumiria a de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca. Dornelles ainda não confirma as modificações na estrutura administrativa.

"O próprio governador Pezão pretendia fazer uma profunda reforma de Estado antes de ser acometido pela doença. O que isso (ampliação do afastamento) facilita é o governador Dornelles dar curso", afirmou o secretário Assistência Social e Direitos Humanos, Paulo Melo.

"Era isso que Pezão pretendia e acho que o Estado tem que tomar uma decisão. O Estado não pode ser mero espectador de crise", acrescentou.

Melo disse que sempre foi um defensor de mais prazo para que Pezão cuide da saúde. O governador está de licença médica desde 28 de março para tratar de um câncer no sistema linfático.

"Isso dá tranquilidade para que a interinidade tenha mais autoridade. Permite que ele (Dornelles) tome decisões extremamente necessárias para adequação da máquina pública diante da crise", declarou.

O líder do PMDB na Assembleia, André Lazaroni, disse que a reforma não pode se limitar a cortar secretarias, mas acabar com sobreposições e reduzir o número de cargos em comissão.

"O governo tem um déficit de R$ 19 bilhões a R$ 20 bilhões. Vai ser um remédio amargo, mas que nesse momento é necessário. A Assembleia apoia isso, desde que os cortes venham acompanhados de estudos e áreas prioritárias não sejam afetadas, como saúde, educação e segurança", afirmou.

Pezão iniciou na segunda-feira o terceiro ciclo de quimioterapia. Ele comentou no Twitter a ampliação de seu afastamento. "O tratamento é duro, mas estou encarando com muita confiança e fé. Será preciso ficar mais uns dias fora para me dedicar à saúde. Até 30 de julho, meu amigo e companheiro Francisco Dornelles seguirá na condução do nosso estado. Vamos em frente!", escreveu.

O governador recebe nesta tarde as visitas dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), e de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD).

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