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Lewandowski retoma voto de acusados de corrupção passiva

O ministro revisor deve condenar quem recebeu recursos do valerioduto por corrupção passiva, mas absolver aqueles que também respondem por lavagem de dinheiro

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (José Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2012 às 15h19.

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, abriu nesta segunda-feira a 27ª sessão de julgamento do processo do mensalão . O ministro Ricardo Lewandowski, revisor da ação, retoma nesta tarde o voto sobre réus do núcleo político. Lewandowski deve condenar quem recebeu recursos do valerioduto por corrupção passiva, mas absolver aqueles que também respondem por lavagem de dinheiro.

Na semana passada, o revisor adotou esse entendimento ao votar pela condenação do ex-presidente do PP Pedro Corrêa. O ministro entendeu que o ex-parlamentar não poderia ser punido duas vezes quando se valeu do ex-assessor parlamentar João Cláudio Genú para sacar R$ 2,9 milhões do esquema de repasse de recursos à base aliada montado pelo publicitário Marcos Valério, a pedido do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares.

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Lewandowski continuará a avaliar se considera culpados políticos do PP e os sócios da corretora Bônus Banval, Breno Fischberg e Enivaldo Quadrado. A dupla é acusada pelo Ministério Público de participar do esquema de pagamento ilegal aos parlamentares do partido. O ministro ainda deve apreciar nesta segunda-feira o envolvimento do atual deputado federal e ex-presidente do PL (atual PR) Valdemar Costa Neto (SP), do ex-deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ) e do delator do esquema, Roberto Jefferson (PTB-RJ).

A expectativa é de que ainda nesta semana, na quinta-feira, o ministro relator do caso, Joaquim Barbosa, comece a ler seu voto sobre a denúncia de corrupção ativa contra réus da cúpula do PT, entre eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do partido José Genoino e ex-tesoureiro Delúbio Soares.

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