Levy diz ter apoio de Dilma e que não deixará o cargo
O ministro da Fazenda nega qualquer especulação sobre a possibilidade de ele deixar o posto
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2015 às 09h39.
Lima -- O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , disse à Reuters neste sábado que a presidente Dilma Rousseff expressou pessoalmente seu apoio a ele e que pretende permanecer no cargo o quanto for necessário para tirar a economia da lentidão.
Especulação do mercado de que Levy estaria considerando deixar o cargo adicionou combustível a uma crise política e econômica que influenciou na queda do real ante o dólar nas últimas semanas e levantou as taxas de juros futuras.
"Eu tenho esse apoio. Não é uma questão de sentir, é manifesto", disse Levy à margem de reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional no Peru". "Há inúmeras manifestações desse apoio". Levy disse que Dilma está fazendo o possível para avançar com o ajuste fiscal, que vem sendo criticado por congressistas. Segundo ele, Dilma está empenhada em alcançar o superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto em 2016.
Dilma está tentando desfazer uma série de erros de política durante seu primeiro mandato que ajudou a afundar a economia em sua pior recessão em 25 anos.
A divisão ideológica entre Dilma e Levy levantou dúvidas sobre se os dois podem chegar a um acordo sobre um plano para promover a retomada da economia.
Mas muitos investidores acreditam que a influência de Levy no governo está diminuindo porque ele não conseguiu convencer Dilma a adotar um plano de ajuste fiscal mais severo. Levy tem sido criticado publicamente por parlamentares do PT, partido de Dilma, e pedem sua demissão.
Levy disse que nunca pensou em deixar o Ministério. "Eu não tenho plano de sair do governo, a gente tem ainda uma longa agenda a fazer, uma agenda de reformas estruturais, para fazer o pais responder a nova situação internacional que ele enfrenta", disse.
Apesar da crescente tensões com o Congresso Nacional, que tem levantado a possibilidade de impeachment de Dilma, Levy disse estar confiante de que os parlamentares acabarão apoiando um plano para cortar gastos e aumentar os impostos, de forma a garantir um superávit fiscal em 2016.
Nesse aspecto, a aprovação da proposta de retomada da cobrança da CPMF é fundamental nos esforços para reequilibrar as contas públicas e recuperar a confiança dos investidores, disse Levy.
Líderes empresariais e políticos disseram que a proposta da CPMF está morta desde o começo e que o governo precisa buscar outras opções para obter os cerca de 30 bilhões de reais extras, cerca de metade do pacote fiscal.
"É parte normal, absolutamente normal de um processo de recuperação fiscal", disse Levy, citando um imposto sobre o valor adicionado no Reino Unido para tapar um déficit alguns anos atrás.
Ele disse que o aumento de outros impostos, como sobre produtos industriais, criaria distorções maiores na economia, que já tem uma das maiores cargas tributárias do mundo.
Levy também disse que o governo será constantemente revendo seus programas para reduzir os gastos e melhorar a eficiência e que as mudanças no seguro-desemprego para pescadores, o chamado seguro-defeso, permitirá ao governo economizar até 1,5 bilhão de reais em 2016.
Lima -- O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , disse à Reuters neste sábado que a presidente Dilma Rousseff expressou pessoalmente seu apoio a ele e que pretende permanecer no cargo o quanto for necessário para tirar a economia da lentidão.
Especulação do mercado de que Levy estaria considerando deixar o cargo adicionou combustível a uma crise política e econômica que influenciou na queda do real ante o dólar nas últimas semanas e levantou as taxas de juros futuras.
"Eu tenho esse apoio. Não é uma questão de sentir, é manifesto", disse Levy à margem de reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional no Peru". "Há inúmeras manifestações desse apoio". Levy disse que Dilma está fazendo o possível para avançar com o ajuste fiscal, que vem sendo criticado por congressistas. Segundo ele, Dilma está empenhada em alcançar o superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto em 2016.
Dilma está tentando desfazer uma série de erros de política durante seu primeiro mandato que ajudou a afundar a economia em sua pior recessão em 25 anos.
A divisão ideológica entre Dilma e Levy levantou dúvidas sobre se os dois podem chegar a um acordo sobre um plano para promover a retomada da economia.
Mas muitos investidores acreditam que a influência de Levy no governo está diminuindo porque ele não conseguiu convencer Dilma a adotar um plano de ajuste fiscal mais severo. Levy tem sido criticado publicamente por parlamentares do PT, partido de Dilma, e pedem sua demissão.
Levy disse que nunca pensou em deixar o Ministério. "Eu não tenho plano de sair do governo, a gente tem ainda uma longa agenda a fazer, uma agenda de reformas estruturais, para fazer o pais responder a nova situação internacional que ele enfrenta", disse.
Apesar da crescente tensões com o Congresso Nacional, que tem levantado a possibilidade de impeachment de Dilma, Levy disse estar confiante de que os parlamentares acabarão apoiando um plano para cortar gastos e aumentar os impostos, de forma a garantir um superávit fiscal em 2016.
Nesse aspecto, a aprovação da proposta de retomada da cobrança da CPMF é fundamental nos esforços para reequilibrar as contas públicas e recuperar a confiança dos investidores, disse Levy.
Líderes empresariais e políticos disseram que a proposta da CPMF está morta desde o começo e que o governo precisa buscar outras opções para obter os cerca de 30 bilhões de reais extras, cerca de metade do pacote fiscal.
"É parte normal, absolutamente normal de um processo de recuperação fiscal", disse Levy, citando um imposto sobre o valor adicionado no Reino Unido para tapar um déficit alguns anos atrás.
Ele disse que o aumento de outros impostos, como sobre produtos industriais, criaria distorções maiores na economia, que já tem uma das maiores cargas tributárias do mundo.
Levy também disse que o governo será constantemente revendo seus programas para reduzir os gastos e melhorar a eficiência e que as mudanças no seguro-desemprego para pescadores, o chamado seguro-defeso, permitirá ao governo economizar até 1,5 bilhão de reais em 2016.