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Lava Jato se muda para Suíça em busca de dados da Odebrecht

No total, uma delegação de oito brasileiros passou a atuar nos escritórios do MP suíço para consultar extratos bancários e documentos reunidos pelos suíços

Lava Jato: empresas investigadas teriam usado ampla rede de operadores e intermediários (Divulgação / Polícia Federal)
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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 19h41.

Lausanne - Num gesto sem precedentes na busca por documentos e ativos no exterior, a Justiça brasileira lança uma ofensiva na Suíça e envia ao país europeu uma delegação de oito procuradores e peritos para buscar documentos e extratos bancários que possam reconstruir a relação entre a a Odebrecht e contas de ex-dirigentes da Petrobras bloqueadas na Suíça.

Nesta segunda-feira, 19, o Ministério Público da Suíça confirmou que garantiu acesso a documentos e extratos bancários sobre suspeitas de pagamentos de propinas que podem confirmar essa relação.

No total, uma delegação de oito brasileiros passou a atuar nos escritórios do MP suíço para consultar extratos bancários e documentos reunidos pelos suíços.

A delegação é a maior já recebida pela Justiça suíça desde que começou a cooperar com o Brasil em assuntos relacionados com a corrupção, há mais de dez anos.

Ao contar com oito integrantes, a delegação ainda revela a dimensão da importância dos arquivos suíços. Entre os integrantes estão os procuradores Orlando Martelo, Eduardo Pelella e Antonio Carlos Welter.

A base da documentação dos suíços é a coleção de extratos do UBS das cinco contas abertas em nome de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e que acumula um valor de US$ 26 milhões nos bancos suíços.

A suspeita é de que o dinheiro viria da Odebrecht. Mas as empresas teriam usado uma ampla rede de operadores e intermediários que estaria dificultando mostrar como ocorreu a relação entre a empreiteira.

Por isso, a delegação brasileira em Lausanne ganhou a participação de peritos que vão justamente avaliar cada um dos documentos para traçar o "mapa" da operação e tentar saber se existem indícios de que o dinheiro de fato foi resultado de propinas.

Em novembro, uma primeira viagem de três procuradores indicou que, de fato, os documentos obtidos pelos suíços tinham o potencial de abrir novas áreas de investigação no escândalo da Petrobras.

Desta vez, a opção da Justiça foi por fazer uma operação ampla, com um numero maior de pessoas e toda uma semana para consultar os documentos.

Nesta segunda, a reunião serviu para que cada integrante da equipe fosse apresentado e para que uma agenda de trabalho fosse feita.

Oficialmente, tanto brasileiros como os suíços se negam a comentar o conteúdo das reuniões ou dos documentos.

"Temos instruções para não falar absolutamente nada", declarou Orlando Martello, um dos procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato.

Do lado suíço, a assessoria de imprensa do MP indicou que "não pode dar qualquer tipo de informação sobre essa investigação".

A delegação brasileira ficará em Lausanne até sexta-feira para coletar dados necessários para uma nova etapa do processo no Brasil.

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Lausanne - Num gesto sem precedentes na busca por documentos e ativos no exterior, a Justiça brasileira lança uma ofensiva na Suíça e envia ao país europeu uma delegação de oito procuradores e peritos para buscar documentos e extratos bancários que possam reconstruir a relação entre a a Odebrecht e contas de ex-dirigentes da Petrobras bloqueadas na Suíça.

Nesta segunda-feira, 19, o Ministério Público da Suíça confirmou que garantiu acesso a documentos e extratos bancários sobre suspeitas de pagamentos de propinas que podem confirmar essa relação.

No total, uma delegação de oito brasileiros passou a atuar nos escritórios do MP suíço para consultar extratos bancários e documentos reunidos pelos suíços.

A delegação é a maior já recebida pela Justiça suíça desde que começou a cooperar com o Brasil em assuntos relacionados com a corrupção, há mais de dez anos.

Ao contar com oito integrantes, a delegação ainda revela a dimensão da importância dos arquivos suíços. Entre os integrantes estão os procuradores Orlando Martelo, Eduardo Pelella e Antonio Carlos Welter.

A base da documentação dos suíços é a coleção de extratos do UBS das cinco contas abertas em nome de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e que acumula um valor de US$ 26 milhões nos bancos suíços.

A suspeita é de que o dinheiro viria da Odebrecht. Mas as empresas teriam usado uma ampla rede de operadores e intermediários que estaria dificultando mostrar como ocorreu a relação entre a empreiteira.

Por isso, a delegação brasileira em Lausanne ganhou a participação de peritos que vão justamente avaliar cada um dos documentos para traçar o "mapa" da operação e tentar saber se existem indícios de que o dinheiro de fato foi resultado de propinas.

Em novembro, uma primeira viagem de três procuradores indicou que, de fato, os documentos obtidos pelos suíços tinham o potencial de abrir novas áreas de investigação no escândalo da Petrobras.

Desta vez, a opção da Justiça foi por fazer uma operação ampla, com um numero maior de pessoas e toda uma semana para consultar os documentos.

Nesta segunda, a reunião serviu para que cada integrante da equipe fosse apresentado e para que uma agenda de trabalho fosse feita.

Oficialmente, tanto brasileiros como os suíços se negam a comentar o conteúdo das reuniões ou dos documentos.

"Temos instruções para não falar absolutamente nada", declarou Orlando Martello, um dos procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato.

Do lado suíço, a assessoria de imprensa do MP indicou que "não pode dar qualquer tipo de informação sobre essa investigação".

A delegação brasileira ficará em Lausanne até sexta-feira para coletar dados necessários para uma nova etapa do processo no Brasil.

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