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Lava Jato precisa parar com exibicionismo, diz Renan

Presidente do Senado, Renan Calheiros, voltou a criticar os "excessos" da operação Lava Jato

Renan Calheiros: para presidente do Senado, Lava Jato obriga a legislação a proteger garantias individuais e coletivas dos acusados (Ueslei Marcelino / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 14h42.

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a fazer críticas ao que entende como "excessos" da operação Lava Jato , acusou a força-tarefa de "exibicionismo" e citou como exemplo a coletiva do procurador Deltan Dellagnol - que apontou o ex-presidente Lula como o "comandante máximo do esquema de corrupção".

"A Lava Jato precisa acabar com esse exibicionismo, como vimos agora no episódio do ex-presidente Lula e em outros. Isso, ao invés de dar prestígio, retira prestígio do Ministério Público e obriga o Congresso Nacional a pensar numa legislação que proteja garantias individuais e coletivas", disse o presidente do Senado.

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No Congresso tramitam diferentes propostas relacionadas a investigações, como revisão da lei de delações e a nova lei de abuso de autoridade.

Renan não chegou a citar nenhum projeto em específico para dar encaminhamento, mas prosseguiu com as críticas à Lava Jato e falou em "mobilização política".

"É preciso de uma vez por todas investigar e fazer denúncias que tenham começo, meio e fim, que sejam consistentes e não fazer denúncias por mobilização política, porque com isso o País perde e as instituições perdem também", afirmou.

Caixa 2

Renan Calheiros negou ter participado de qualquer articulação para a votação do projeto que anistia o caixa 2, emenda à uma proposta de 2007 que foi colocada em votação nessa segunda-feira, 19, na Câmara dos Deputados.

"Eu não fui informado do teor do que conteria essa proposta, sinceramente. Eu não sei de nada, o que se pretende, qual é o texto, se é eficaz, em que momento vai votar. Isso não chegou ainda ao Senado Federal", afirmou Renan.

Mais cedo, deputados disseram que senadores participaram dos acordos para tentar votar o projeto na noite de ontem na Câmara.

De acordo com fontes, Renan teria participado da articulação e, por essa razão, não abriu a sessão do Congresso Nacional, marcada para às 19h.

O peemedebista negou e disse que chegou, inclusive, a ir ao plenário da Câmara e apenas não abriu a sessão do Congresso porque os deputados ainda estavam trabalhando.

Reforma política

O presidente do Senado reafirmou sua intenção de votar a PEC 36/2016, que pode diminuir a quantidade de partidos com representação no Congresso, no intervalo entre o primeiro e o segundo turno das eleições municipais, em outubro.

Nessa terça-feira, 20, o plenário completou a quarta das cinco sessões de discussão da PEC, para que ela possa ser votada em primeiro turno. De acordo com Renan, o regimento permite que a última sessão de discussão seja realizada no mesmo dia da votação.

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