Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, é alvo de um mandado de busca e apreensão (Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2017 às 07h06.
Última atualização em 5 de setembro de 2017 às 07h56.
Olimpíadas na Lava-Jato
Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal estão nas ruas do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira, para prender suspeitos de comprar jurados da eleição da cidade sede da Olimpíada de 2016. A operação foi batizada Unfair Play, é o primeiro braço internacional da Lava-Jato no Rio.
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Há operação também nos Estados Unidos. Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, é alvo de um mandado de busca e apreensão e será intimado a depôr. Estão sendo realizadas buscas também na sede do COB.
As investigações encontraram indícios de que Nuzman teve participação na compra de votos de membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016.
Maia e a reforma da Previdência
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados e presidente em exercício do Brasil, disse, durante o EXAME Fórum, que o governo já não tem mais a quantidade suficiente de votos para aprovar a reforma da Previdência.
“Hoje temos menos votos do que já tivemos.” Segundo ele, “ou vai aprovar em outubro, em novembro, ou não vai aprovar”. Maia confirmou que o maior risco de a reforma naufragar é a possibilidade de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.
A vez do centro
Maia também comentou a possibilidade de seu partido, o DEM, lançar um candidato próprio para presidente em 2018. “Todo partido quer liderar”, disse. Para Maia, a chance está no centro do espectro político.
“O que eu vejo é que a sociedade vai preferir alguém do centro, querendo dizer, com isso, aberto ao diálogo, e o DEM está disposto a fazer isso”, disse. “Sem abrir mão dos nossos valores, que são liberais, queremos ser a alternativa do diálogo, inclusive com a esquerda.”
Funaro: no aguardo da delação
A homologação da delação do doleiro Lúcio Funaro pelo relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, deverá acontecer entre terça e quarta-feira, conforme informou a coluna Radar, da revista VEJA.
O acerto da delação com Funaro foi firmado no dia 22 de agosto e promete impactar a alta cúpula do PMDB, incluindo o presidente Michel Temer, acusado de participação em esquemas de corrupção em áudios gravados pelo empresário Joesley Batista, do grupo J&F.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve usar as informações para embasar uma nova denúncia contra Temer.
Lula tenta adiar interrogatório, mas Moro nega
O juiz federal Sergio Moro negou um pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para cancelar uma série de interrogatórios marcados para os próximos dias sobre o esquema de propinas envolvendo a Odebrecht.
O pedido incluía o cancelamento do interrogatório do próprio Lula, marcado para o próximo dia 13, e de nomes como o empresário Marcelo Odebrecht.
A defesa de Lula deseja ver as provas envolvidas no processo antecipadamente, mas Moro afirmou que “não há base legal” para o pedido.
O Ministério Público Federal acusa a Odebrecht de ter pagado 75 milhões de reais em propina para obter contratos com a Petrobras, enquanto o ex-presidente é acusado de ter sido um dos destinatários, por meio de um terreno de mais de 12 milhões de reais destinado ao Instituto Lula.
Mercado eleva projeção do PIB
Após o produto interno bruto no segundo trimestre ter crescido 0,2%, o mercado publicou uma projeção mais otimista para 2017: um crescimento de 0,5%, e não mais de 0,39%. A projeção foi publicada pelo boletim Focus, na sexta-feira.
Também na semana passada, o IBGE divulgou dados sobre a taxa de desemprego e também revelou um cenário mais positivo, com a queda no número de desempregados e uma forte reação ao consumo.
Além disso, o mercado estima um crescimento de 1,35 bilhões de reais (61,35 bilhões) no superávit da balança comercial brasileira, diferente dos 60 bilhões esperados no início do ano.
Eletrobras: protegida dos chineses
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, negou que esteja entregando a Eletrobras “de bandeja” aos chineses. Em evento na China paralelamente à conferência dos Brics, Coelho Filho disse que o governo estuda estipular um percentual máximo que investidores de um mesmo país ou empresa podem adquirir, para não concentrar o poder na estatal.
Assim, o ministro garante que, embora os estrangeiros possam comprar usinas que estão sendo levadas a leilão e uma fatia da empresa, o governo continua sendo “um dos grandes acionistas”. “A movimentação é para proteger do capital estrangeiro”, disse.
Quarta alta da gasolina
A Petrobras anunciou que vai aumentar o preço da gasolina pela quarta vez consecutiva. A alta é de 3,3% e passa a valer já nas primeiras horas de terça-feira. Com todos os aumentos recentes, o preço ficou 11% maior desde o fim de agosto.
Enquanto isso, o preço do diesel subirá 0,1%, com alta acumulada de 8,9%. Em nota, a Petrobras afirmou que o aumento é motivado pelos impactos do furacão Harvey, que atingiu o Texas, nos Estados Unidos, e impactou a operação petrolífera no Golfo do México.
A relação de preços entre gasolina e álcool fechou em 68,04% em agosto, o maior patamar desde 2011, segundo dados divulgados também nesta segunda-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
EUA: Pyongyang “implora por guerra”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em seu Twitter uma série de críticas ao governo da Coreia do Sul e da China. O presidente chegou a ameaçar sair do acordo de livre-comércio que mantém com o país sul-coreano, por causa de sua pouca ação contra a Coreia do Norte.
“Um apaziguamento com a Coreia do Norte não funcionará, entendam uma coisa!”, tuitou o presidente, que também afirmou que a China tem ajudado “pouco” na luta contra as ações norte-coreanas. A ministra das Relações Exteriores russa, Vassily Nebenzia, pediu aos países que mantenham a “cabeça fria” e evitem “quaisquer ações que possam intensificar as tensões”, pois a solução para o conflito com a Coreia do Norte só poderá ser alcançada por “vias diplomáticas”.
Violência em Mianmar
A Organização das Nações Unidas informou que 87.000 muçulmanos do grupo étnico Rohingya já fugiram de Mianmar para Bangladesh desde o dia 25 de agosto, quando militantes de um exército rohingya atacaram militares e a polícia. Em resposta, o governo de Mianmar intensificou ataques na região, matando milhares de pessoas.
Representantes da ONU disseram ao jornal The Guardian que o governo vem bloqueando a entrega de suprimentos da ONU aos civis. Os rohingya, grupo indo-africano, são vistos pela ONU como uma das minorias mais perseguidas do mundo.
Paz na Colômbia para chegada do papa
Às vésperas da visita do papa Francisco, o governo da Colômbia assinou um pacto de cessar-fogo com a guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN), nesta segunda-feira.
O acordo prevê o fim dos conflitos armados durante 102 dias, prazo que entrará em vigor no dia 1o de outubro. O grupo é composto de 2.000 combatentes, que seguem uma linha católica marxista.
Por isso, a igreja católica fará parte da fiscalização do acordo. Para o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, a trégua pode ser renovada enquanto outros pontos são negociados.
O papa Francisco chegará na quarta-feira ao país, quando falará sobre a integração das Farc, outra guerrilha colombiana que acaba de se desarmar e que criou um partido político.