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Lava Jato leva presidente do Tribunal de contas do Rio para depor

Presidente do Tribunal de Contas do Rio foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento na Lava Jato

PF: segundo delação, Jonas Lopes teria pedido dinheiro para aprovar o edital de concessão do Maracanã (José Cruz/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 09h34.

São Paulo - A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal, realiza na manhã desta terça-feira, 13, a operação Descontrole, que apura possíveis crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro praticados pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro, Jonas Lopes.

Quarenta policiais federais cumprem 10 mandados de busca e apreensão e três mandados de condução coercitiva expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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A Operação Descontrole é resultado de investigação da Força-Tarefa da Operação Lava Jato no Estado do Rio de Janeiro. Jonas Lopes foi um dos levados de forma coercitiva para depor na PF.

De acordo com delação do executivo Leandro Andrade da Odebrecht, revelada pelo Fantástico, Jonas Lopes teria pedido dinheiro para aprovar o edital de concessão do Maracanã e as contas da linha 4 do metrô do Rio.

Segundo o programa da Rede Globo, em 2013,Wilson Carlos, então secretário de Governo de Sérgio Cabral, avisou a empreiteira que o edital do Maracanã havia sido enviado ao TCE e que a empresa deveria procurar Jonas Lopes.

Segundo Leandro Azevedo, Jonas Lopes e ele teriam acertado o pagamento de R$ 4 milhões em quatro parcelas de R$ 1 milhão. A "contrapartida era absolutamente clara", afirmou o delator - em troca do pagamento, o TCE aprovaria o edital da concessão do Maracanã.

A primeira parcela teria sido paga no dia 10 de fevereiro de 2014 ao filho de Jonas Lopes, Jonas Lopes de Carvalho Neto, no escritório de advocacia dele, no centro do Rio.

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