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Lava Jato é "imparável", diz ministro da Justiça nos EUA

Durante palestra, Torquato Jardim classificou a operação da Polícia Federal como "um ganho para a sociedade brasileira"

Torquato Jardim: o ministro falou sobre as divisões de competências e de recursos no Brasil (Ueslei Marcelino/Reuters)

Torquato Jardim: o ministro falou sobre as divisões de competências e de recursos no Brasil (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de julho de 2017 às 18h11.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, disse hoje (19) em Washington, durante uma palestra no Woodrow Wilson Center, que a Operação Lava Jato é "imparável".

Numa palestra sobre Independência e Harmonia entre os Poderes, Jardim classificou a operação da Polícia Federal como "um ganho para a sociedade brasileira".

O ministro falou sobre as divisões de competências e de recursos nos âmbitos federal e estadual no Brasil, e afirmou que, com a atual restrição fiscal em todos os níveis do governo, muitas vezes é preciso priorizar uma ou outra política pública.

Questionado sobre a regularização da emissão de passaportes pela Polícia Federal, o ministro disse que isso deve acontecer em breve.

Ontem (18), Jardim se reuniu com o diretor da Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos EUA e assinou um acordo de cooperação para o rastreamento de armas roubadas que entram no Brasil.

"Com a pacificação da Colômbia, armas pesadíssimas roubadas nos Estados Unidos começam a entrar no Brasil, e, pela lei americana, eles têm a obrigação de tentar encontrar essa arma onde ela estiver no mundo. Faz parte do objetivo maior da nossa viagem buscar tecnologia no âmbito de segurança pública", afirmou.

O ministro da Justiça e Segurança Pública deve ainda ter reuniões na Agência Internacional para Narcóticos e Aplicação da Lei, do Departamento de Estado dos EUA, e com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, com quem conversará sobre a integração com os países que fazem fronteira com o Brasil.

"Vamos fazer um convite para que os países membros [da OEA] mandem seus agentes de segurança e policiais especializados no combate a drogas e armas para estudar no Brasil e fazer um treinamento na Polícia Federal, que tem uma academia bem instalada e competente, para que haja uma comunhão de treinamento", disse Jardim.

Ele deve se encontrar também com o secretário de Justiça norte-americano, Jeff Sessions, com quem conversará sobre o tema da integração dos órgãos do Ministério da Justiça: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Segurança Pública [responsável pela gestão da Força Nacional], Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Departamento Penitenciário Nacional.

"Antes de pensar em concurso público e em contratar mais funcionários, vamos pensar em integrar a todos", disse o ministro da Justiça.

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