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Lapa recebe programa para morador de rua

O Programa Proximidade, que teve início em 2013, busca inserir na sociedade os dependentes químicos


	Viciados em crack: a iniciativa de atuar nos pontos de uso de drogas foi baseada em pesquisa do Ministério da Justiça e a Fundação Osvaldo Cruz (©AFP / antonio scorza)

Viciados em crack: a iniciativa de atuar nos pontos de uso de drogas foi baseada em pesquisa do Ministério da Justiça e a Fundação Osvaldo Cruz (©AFP / antonio scorza)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 15h53.

Rio de Janeiro - Moradores de rua dependentes de álcool e drogas, que vivem na Lapa, no centro da capital fluminense, começaram a receber hoje (6) atendimento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social para combater o vício.

O Programa Proximidade, que teve início em 2013, busca inserir na sociedade os dependentes químicos.

A primeira localidade a receber a iniciativa, no ano passado, foi o Parque União, comunidade no Complexo da Maré, na zona norte da cidade. Segundo a secretaria, 929 pessoas receberam atendimento, sendo 729 homens e 200 mulheres.

Do total, 600 dependentes decidiram continuar o tratamento.

De acordo com o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Social, Adilson Pires, o programa está obtendo sucesso porque não impõe o tratamento ao dependente. “Nosso objetivo é estar presente onde está o usuário, e ganhar a confiança dele.

Com isso, em um momento de lucidez, o usuário terá a oportunidade de iniciar o tratamento”, disse Pires.

Sobre a internação compulsória dos usuários de crack no Parque União, no início do ano passado, Adilson Pires garantiu que não agirá mais dessa forma.

"Não é a melhor forma de enfrentar o problema. Ficou comprovado, com a atuação do programa no Parque União, que a política acolhedora apóia o usuário na sua mudança. Ele começa a enxergar a prefeitura como um parceiro para sua recuperação. É o grande diferencial”, disse Pires.

A iniciativa de atuar nos pontos de uso de drogas foi baseada em pesquisa do Ministério da Justiça e a Fundação Osvaldo Cruz.

“Foi revelado que 80% dos usuários de crack querem deixar o vício, mas apenas 20% procuram ajuda. Os outros 60% deixam de procurar tratamento por não saberem aonde ir ou com quem falar”, dissse o secretário.

Os dependentes assistidos pelos agentes sociais do município são incluídos na rede de proteção social da prefeitura, que comporta, entre outras ações o acolhimento e o tratamento ambulatorial contra a dependência química.

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