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Lama da Samarco vira tijolos para reconstrução de Mariana

A mesma lama que foi responsável pela destruição é hoje a matéria-prima de um grupo de pessoas que não esperam sentadas por respostas


	Tragédia em Mariana: projeto Tijolos de Mariana pretende "acelerar o renascimento da região atingida"
 (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Tragédia em Mariana: projeto Tijolos de Mariana pretende "acelerar o renascimento da região atingida" (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2016 às 20h32.

"Rompimento das barragens em Mariana inunda cidade."

"Enxurrada de lama devasta comunidade."

"O maior desastre ambiental da história do Brasil."

Basta uma olhada rápida nos noticiários para entender que a situação em Mariana (MG) está longe de ser solucionada. O desastre ambiental provocado pelo rompimento das barragens destruiu grande parte das comunidades locais e provocou consequências imensuráveis.

Mas, a mesma lama que foi responsável pela destruição é hoje a matéria-prima de um grupo de pessoas que não esperam sentadas por respostas, seja do governo ou das empresas responsáveis: com a mão na massa, eles utilizam a lama para fazer tijolos artesanais que serão utilizados na reconstrução das casas.

O projeto Tijolos de Mariana pretende "acelerar o renascimento da região atingida, limpando a área, devolvendo empregos, reconstruindo moradias, centros de saúde e educação, e gerando renda às comunidades locais."

Em parceria com a Grey Brasil, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Laboratório de Geomateriais e Geotecnologia da EEUFMG, a iniciativa produz cerca de 1000 tijolos por mês desde que iniciou o seu trabalho, em janeiro.

Para aumentar ainda mais a produção, eles iniciaram uma campanha de financiamento coletivo para viabilizar a construção de uma fábrica que irá aumentar a elaboração dos tijolos em escala industrial.

A expectativa é de que, ao final de cada ano, mais de 1 milhão de toneladas de lama sejam retirados do local, produzindo uma quantidade de tijolos suficientes para reconstruir mais de 1.200 casas populares, hospitais e escolas da região.

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